Desejo Secreto Capítulo 05

Desejo Secreto Capítulo 05

    0:00 min       DESEJO SECRETO     MINISSÉRIE
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WEBTVPLAY ORIGINAL APRESENTA
DESEJO SECRETO


Minissérie de
Lucas Oliveira

Baseado na obra de
J. Gaspar

Capítulo 05 de 07

Personagens deste Capítulo:

ANINHA
AURÉLIO
BENTINHO
DITA
FERNANDO
LAURO
MANECO
MARLENE
OLGA
REBECA
RUTE

Participação:

MOTORISTA



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Todos os direitos reservados.

 

CAPÍTULO 05

 

CENA 01. VENDA DE FERNANDO. INT. DIA.

Continuação imediata do capítulo anterior. Fernando guardando algumas caixas de verduras. Rute entra, esbaforida.

RUTE: Fernando!!!

Fernando se assusta e derruba as caixas no chão.

FERNANDO: Que susto, Rute!

RUTE: A sua mulher...?

FERNANDO: A Aninha saiu. Mas daqui a pouco volta.

RUTE: Eu preciso muito falar com você.

FERNANDO: Estava ansioso por isso.

RUTE: Pois é. Eu pensei muito naquela sua proposta de fugirmos juntos e já tenho uma resposta.

FERNANDO: E qual é?

RUTE: Eu topo, Fernando! Vamos embora daqui!

Fernando abre um largo sorriso, surpreso.

FERNANDO: Não brinca com uma coisa dessa.

RUTE: E eu lá tenho tempo para brincadeiras. Vamos acertar tudo e irmos logo embora daqui!

FERNANDO: Vamos lá nos fundos antes que a Aninha volte.

Fernando pega em uma das mãos de Rute e os dois saem. INTERCALA COM/

CENA 02. VENDA DO FERNANDO. FUNDOS. INT. DIA.

Fernando e Rute se beijam rapidamente.

FERNANDO: Não sabe a felicidade que você me deixou topando ir embora comigo. Eu já não aguento mais tudo isso aqui!

RUTE: Me conta uma coisa: como que a gente vai fazer?

FERNANDO: Deixo uma carta de despedida para a Aninha, pego as minhas economias e vamos para a capital. Lá eu começo a trabalhar na loja de minha irmã. Ela vai arranjar algo para você também.

RUTE: Vai ser melhor assim. Ficar naquela casa depois da volta da Marlene está insustentável! Ela descobriu o nosso caso e me fez uma ameaça velada.

FERNANDO: (Espantado) O quê? A sua irmã sabe da gente?

RUTE: Sabe. Por isso mesmo não podemos mais adiar, Fernando. Vamos embora enquanto é tempo. Eu não vou conseguir passar meus dias acuada, tendo que abaixar a cabeça para ela.

FERNANDO: Então vai, escreve uma carta também para o Maneco e me encontra meio-dia lá na estação do trem. Se você tiver algum dinheiro, coloca na mala.

RUTE: Pode deixar! Agora volta para a venda que eu vou para a casa arrumar tudo.

FERNANDO: Tá. Vamos ser muito felizes juntos, minha linda. Pode ter certeza disso!

Rute sorri. Fernando a beija, visivelmente apaixonado. CORTE PARA/

CENA 03. MANSÃO BELMONTE. COZINHA. INT. DIA.

Dita folheando um caderno. Rebeca entra.

DITA: Ah, foi bom a senhora aparecer, Dona Rebeca!

REBECA: O que foi, Dita?

DITA: Estou em dúvida do que preparar hoje para o almoço. Aí estou vendo esse caderno que tem um monte de receita deliciosa.

REBECA: Prepara qualquer coisa. O clima nessa casa anda tão pesado ultimamente que eu nem estou mais com ânimo para decidir nada.

DITA: Não fica assim, não. Uma hora ou outra tudo se resolve.

REBECA: Deus te ouça, Dita! Deus te ouça!

Rebeca sai, desanimada. CORTE PARA/

CENA 04. CASA DE FERNANDO. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Fernando olha em volta, reparando em cada objeto. Ele respira fundo e sorri.

FERNANDO: Nunca vou esquecer do que eu vivi aqui. Mas eu preciso ser feliz de verdade.

Ele pega um caderno sobre a mesa de centro, senta no sofá e começa a escrever. CORTE PARA/

CENA 05. MANSÃO BELMONTE. QUARTO DE RUTE. INT. DIA.

Rute coloca uma mala sobre a cama e coloca várias roupas dentro.

RUTE: Chega de brincar com o perigo. Agora eu vou ser livre de verdade!

Ela fecha a mala e sorri satisfeita. CORTE PARA/

CENA 06. MANSÃO BELMONTE. FACHADA. EXT. DIA.

O motorista está encostado no carro. Rute se aproxima.

RUTE: Me leva até a estação, por favor!

MOTORISTA: A senhora vai viajar, Dona Rute?

RUTE: Isso não te interessa! Você é pago para cumprir as ordens da família. Adianta! Eu estou com pressa!

MOTORISTA: Desculpe.

Rute entra. O motorista coloca a mala no carro e entra. O carro avança. CORTE PARA/

CENA 07. ESTAÇÃO DE TREM. EXT. DIA.

Grande movimentação. Pessoas passando por todos os lados. Fernando por ali, ansioso. Rute se aproxima correndo.

RUTE: Estou aqui, meu amor!

FERNANDO: (Largo sorriso) Rute!!! Já estava agoniado aqui.

Eles se beijam rapidamente.

RUTE: Já comprou nossas passagens, Fernando?

FERNANDO: Sim. Só estava esperando você chegar para entrar.

RUTE: Então vamos logo de uma vez!

Rute e Fernando dão as mãos e sorriem um para o outro.

FERNANDO: Eu te amo!

RUTE: Pode estar certo que eu também!

Eles correm e entram no trem. CORTE PARA/

CENA 08. CASA DE FERNANDO. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Aninha entra.

ANINHA: Fernando? Fernando?

Aninha coloca a bolsa sobre a mesa de centro e vê uma carta.

ANINHA: Que estranho! Primeiro a venda fechada nesse horário, agora um bilhete...

Aninha pega a carta, abre e começa a ler. Nela, em choque. CORTE PARA/

CENA 09. MANSÃO BELMONTE. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Marlene sentada, folheando uma revista. Dita desce a escada correndo.

DITA: (Grita) Corre aqui, gente! Venham cá, pelo amor de Deus!

MARLENE: (Assusta-se) Calma, Dita! O que aconteceu?

Rebeca e Lauro veem de dentro, esbaforidos.

REBECA: O que foi, Dita?

LAURO: Que escândalo é esse?

DITA: Eu fui limpar o quarto da Rute e achei esse papel aqui em cima da cama dela.

REBECA: E esse papel é o quê?

DITA: Um bilhete que ela mesma escreveu.

Maneco e Bentinho vem de dentro.

MANECO: Lá de dentro eu ouvi os gritos. Aconteceu alguma coisa?

BENTINHO: Você está bem, tio?

LAURO: Eu estou. Mas parece que a Dita é que não está. Ela viu um bilhete em cima da cama escrito pela Rute. Anda, mulher! Lê isso aí logo de uma vez!

DITA: (Respira fundo) Se acomodem. É melhor vocês se sentarem para não caírem. Vocês nem imaginam o que está escrito aqui.

Lauro toma o papel da mão de Dita.

LAURO: Vou ler logo isso de uma vez por todas!

Todos se entreolham, apreensivos. Clima tenso. CORTE PARA/

CENA 10. RUAS DE GRAMADO. EXT. DIA.

Aninha anda lentamente, chorando de forma descontrolada. Ela olha ao redor, transtornada. CORTE PARA/

CENA 11. ATELIÊ DE OLGA. RECEPÇÃO. INT. DIA.

Olga abre a porta. Aninha entra e a abraça.

ANINHA: (Chorando) Olga, eu estou perdida!

OLGA: (Assustada) O que aconteceu, Ana?

ANINHA: O Fernando me abandonou. Ele foi embora com Rute, a filha mais nova do Lauro Belmonte. Eu estou desesperada!

OLGA: (Boquiaberta) Meu Deus! Com a irmã da Marlene...

ANINHA: Eu não sei o que fazer. Eu estou sem chão!

OLGA: (Encarando-a) Calma! Presta atenção: vá até a mansão Belmonte. Lá eles poderão ajudar você. A essa altura, eles também já devem saber que a Rute foi embora. E qualquer coisa, pode contar comigo também!

ANINHA: Você acha mesmo que eu devo ir lá?

OLGA: Imediatamente!

Olga abraça Aninha fortemente. CORTE PARA/

CENA 12. MANSÃO BELMONTE. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Todos sentados, perplexos. Ouve-se batidas na porta. Dita se levanta e abre. Aninha entra. Todos a olham.

ANINHA: (Chorando) Pela cara de vocês, já devem saber do acontecido. Meu marido foi embora com a Rute. Eu fui abandonada!

LAURO: (Seco) Acabei de ler na carta que ela nos deixou.

Marlene se levanta e abraça Aninha.

MARLENE: Oh, minha querida... Fique calma! Não vale a pena sofrer por quem não retribui nossos sentimentos.

MANECO: É inacreditável que a Rute tenha feito isso. Simplesmente foi-se, como alguém que vai à feira. Aliás, ela foi à feira e fugiu com aquele verdureiro safado! Que ódio!

BENTINHO: É muito difícil entender as mulheres, meu amigo.

REBECA: (Chorando) Eu não acredito que minha filha mais nova fez uma coisa dessa.

MARLENE: Ah, minha mãe.... A senhora é tão inocente. Nunca percebeu o fogo que corria por debaixo das saias da minha irmã?! Francamente!

LAURO: (Grita) CHEGA!!!

Todos se assustam. Ele se levanta, enfurecido.

LAURO: A partir de agora não se derrama mais uma lágrima pela Rute nessa casa. E muito menos se cita o nome dela. Se ela quis seguir esse caminho, que siga longe de nós!

REBECA: Mas meu bem/

LAURO: (POR CIMA) Eu não vou deixar meu nome ser manchado na cidade por ter uma filha perdida. Ela está deserdada! Deserdada!

Lauro sai. Rebeca abaixa a cabeça. Aninha chora descontroladamente.

BENTINHO: A moça está tão abalada. Poderia passar a noite aqui, até ficar um pouco melhor.

MARLENE: Ótima ideia, meu primo! Fique conosco, jante mais tarde e depois durma. Amanhã você volta para casa.

ANINHA: Muito obrigada! Realmente hoje eu não teria cabeça para cozinhar. Mas não vou incomodá-los?

MARLENE: De maneira nenhuma. Qual é mesmo seu nome, querida?

ANINHA: Meu nome é Ana, mas todo mundo me chama de Aninha.

MARLENE: Dita, por favor, arrume o quarto de hóspede para a Aninha.

DITA: Pode deixar!

Dita sai. Marlene abraça Aninha novamente. Clima melancólico. CORTE PARA/

CENA 13. ESTAÇÃO DE TREM. EXT. DIA.

Grande movimentação. AURÉLIO (Branco, alto e com uns 45 anos) desce do trem com malas em mãos.

AURÉLIO: (Respira fundo) Chegou a hora de acertar as contas contigo. Me aguarde, Marlene!

Nele, decidido. CORTE PARA/

CENA 14. GRAMADO. EXT. DIA.

Planos gerais. TRANSIÇÃO do DIA para a NOITE. CORTE PARA/

CENA 15. MANSÃO BELMONTE. VARANDA. EXT. NOITE.

Aninha sentada em uma poltrona. Maneco vem de dentro e se aproxima dela.

MANECO: Não comeu quase nada no jantar, Aninha. Não está com fome?

ANINHA: Não. Eu vim olhar um pouco para o céu, a lua, as estrelas...

MANECO: É mesmo uma ótima terapia.

Maneco se senta ao lado dela.

MANECO: Já sabe o que vai fazer daqui pra frente?

ANINHA: O Fernando me deixou a casa e a venda, então eu vou ter que cuidar dela. Será minha fonte de renda para conseguir me sustentar.

MANECO: Se precisar de ajuda, conte comigo!

ANINHA: Você não me parece tão abalado quanto eu. Não gostava da sua esposa?

MANECO: Eu amava a Rute. Mas nós homens temos uma maneira diferente de expressarmos nossos sentimentos.

ANINHA: Eu não entendo. A partida do Fernando me fez desmoronar, sabe?! É como se eu estivesse sem chão.

MANECO: (Olhando-a fixamente) Eu aprendi que não vale a pena sofrer por quem não nos corresponde. A vida é muito curta para perdemos tempo, Aninha!

Maneco começa a alisar o rosto de Aninha. Ela se retrai e levanta.

ANINHA: Eu acho melhor ir para o quarto! O sereno está muito forte e não quero ficar resfriada.

MANECO: Não se iniba por minha causa.

ANINHA: É que eu fico sem jeito. Mas eu fico muito grata pelo apoio e pela gentileza, Maneco. Obrigada mesmo!

Aninha dá um leve sorriso.

MANECO: Imagina! Você fica bem mais linda quando sorri.

ANINHA: Obrigada! Tenha uma boa noite!

Aninha se levanta e sai. Maneco sorri maliciosamente. CORTE PARA/

CENA 16. MANSÃO BELMONTE. COZINHA. INT. NOITE.

Dita lavando os pratos. Rebeca vem de dentro.

REBECA: Dita, já estou indo deitar.

DITA: A senhora ainda vai querer alguma coisa, Dona Rebeca?

REBECA: Não, minha querida. Ah... Vá ao quarto de hóspede e arrume a cama da Aninha. Aquela moça também está muito abalada e precisa descansar logo.

DITA: Eu já acabei os pratos. Vou lá agora.

REBECA: Muito obrigada, querida!

Dita sai. Em Rebeca, pensativa. CORTE PARA/

CENA 17. MANSÃO BELMONTE. QUARTO DE HÓSPEDE. INT. NOITE.

Dita forrando a cama. Aninha em pé.

ANINHA: Quer ajuda?

DITA: Não precisa. Esse é meu serviço.

ANINHA: É que eu sempre fui acostumada a fazer tudo. Ver uma pessoa fazendo as coisas pra mim, me deixa até meio encabulada.

DITA: Esse lençol está do seu agrado?

ANINHA: Está ótimo! Nunca vi roupa de cama tão bonita assim.

DITA: Você é muito jovem, ainda verá muita coisa nessa vida.

ANINHA: Pode ser. Mas sem o Fernando tudo vai ficar mais difícil.

DITA: Isso é verdade. Uma mulher largada não é bem vista pela sociedade.

ANINHA: Só de pensar que eu vou ter que voltar pra cidade, encarar os olhares das mexeriqueiras...

DITA: Pois não pense no futuro. Viva o agora! Descansa e tenta colocar tua cabeça no lugar, menina. Ah... E reza muito! Deus não irá te faltar!

ANINHA: Muito Obrigada, Dona Dita!

DITA: Deus te abençoe, minha filha!

Dita abraça Aninha e dá um beijo em sua testa. Ela sai. Aninha deita na cama, pensativa. CORTE PARA/

CENA 18. MANSÃO BELMONTE. QUARTO DE BENTINHO. INT. NOITE.

Bentinho deitado na cama. Marlene em pé, apenas de camisola.

BENTINHO: Vai para o seu quarto, Marlene! Me deixa dormir, por favor!

MARLENE: (Sensualizando) Ah, primo...Depois de um dia tão agitando como esse, sua Marlene quer te fazer relaxar. Vai recusar?

BENTINHO: Eu já falei que eu não quero mais!

MARLENE: O problema é que sua boca diz uma coisa, mas seu olho fala outra completamente diferente. Eles me devoram!

Ouve-se batidas na porta.

BENTINHO: Quem é?

Bentinho e Marlene se entreolham, apreensivos. CORTE PARA/

CENA 19. MANSÃO BELMONTE. QUARTO DE REBECA E LAURO. INT. NOITE.

Lauro e Rebeca deitados na cama.

LAURO: Eu espero que essa tal de Aninha, não fique aqui por muito tempo.

REBECA: Ela está sofrendo muito. Assim como eu também estou por causa da partida da Ru/

LAURO: (POR CIMA) Eu já disse que não quero mais ouvir o nome desse infeliz dentro dessa casa!

REBECA: Do meu coração, eu não posso arrancar.

LAURO: A gente passou o que passou e ainda vem essa moça nos dar mais despesas. É o cúmulo!

REBECA: Não seja insensível, Lauro!

LAURO: Eu estou sendo sincero. Amanhã todo esse escândalo vai estar na boca do povo. Eu vou ter que ser forte para encarar todo mundo de cabeça erguida!

REBECA: Ninguém te falará nada.

LAURO: Mas vão pensar, Rebeca! Que vergonha, meu Deus! Que humilhação!

Lauro vira para o outro lado e se cobre totalmente com o lençol. Em Rebeca, cabisbaixa. CORTE PARA/

CENA 20. ATELIÊ DE OLGA. RECEPÇÃO. INT. NOITE.

Olga abre a porta. Aurélio adentra o local, bastante nervoso.

AURÉLIO: Aonde está a vagabunda da sua amiga?

OLGA: (Assustada) Mas... Como ousa invadir meu estabelecimento desse jeito?

AURÉLIO: A Marlene não falou de mim pra você?

OLGA: Eu posso saber quem é o senhor?

AURÉLIO: Eu me chamo Aurélio Marques. Sou o homem que sua amiga fez de trouxa!

Em Olga, espantada. CORTE PARA/

CENA 21. MANSÃO BELMONTE. QUARTO DE BENTINHO. INT. NOITE.

Continuação imediata da cena 18. Bentinho deitado na cama. Marlene em pé. Ouve-se batidas na porta.

BENTINHO: (Apavorado) Ah, meu Deus! E agora? Se for o tio Lauro, nós estamos fritos!

MARLENE: (Baixo) Pergunta quem é.

BENTINHO: Quem é?

MANECO: (OFF) Sou eu, o Maneco. Não precisa ficar com medo, não.

Marlene respira aliviada.

MARLENE: Deixa que eu abro!

BENTINHO: Enlouqueceu?

MARLENE: Ué, ele já sabe da gente, esqueceu?! Pode deixar que eu sei o que estou fazendo!

Marlene abre a porta. Maneco entra.

MANECO: Sabia que você estava aqui, Marlene. Por que não me convidaram para festa?

Marlene fecha a porta.

BENTINHO: Não tem festa nenhuma, Maneco! A Marlene já estava voltando para o quarto dela.

MARLENE: Nada disso. Eu estava quase convencendo o meu priminho de que seria melhor eu ficar para que ele pudesse relaxar. Mas agora que meu cunhado apareceu, tudo ficou ainda mais interessante...

BENTINHO: No que você está pensando, sua maluca?

MANECO: Eu já sei bem o que ela quer. Posso participar da brincadeira?

MARLENE: Eu não me oponho. (Sensualiza) Não precisa ter ciúmes, Bentinho. Não vou deixar nenhum dos dois na mão!

BENTINHO: (Balançado) Não faz isso...

Marlene começa a tirar a camisola. Bentinho admirando-a, babando. Ela deita por cima dele e começa a beija-lo. Maneco vai por trás, segura os cabelos de Marlene com força e rasga as roupas dela. CORTE PARA/

CENA 21. ATELIÊ DE OLGA. RECEPÇÃO. INT. NOITE.

Aurélio sentado no sofá. Olga em pé, entrega uma xícara de chá.

OLGA: Tome esse chá que você vai se sentir melhor.

AURÉLIO: (Pegando) Obrigado!

Olga se senta.

OLGA: Está mais calmo?

AURÉLIO: Estou sim. A senhorita me desculpe. Eu não fui nada cavalheiro ao entrar aqui de uma forma tão bruta.

OLGA: Tudo bem. Mas como sabia do meu ateliê?

AURÉLIO: A Marlene me falava muito de você e dizia que era a única amiga dela aqui em Gramado. Me disse que você é a única estilista e dona de um ateliê na cidade. Aí quando eu cheguei, foi só perguntar a uma pessoa onde ficava o ateliê de Olga e logo me informaram.

OLGA: Realmente a Marlene e eu temos uma amizade de longos anos. Ela não era bem vista pelas outras meninas da cidade na adolescência e eu fui a única que fiquei ao seu lado.

AURÉLIO: Então como ela não te falou de mim?

Aurélio coloca a xícara em uma mesinha. Olga se levanta.

OLGA: A Marlene voltou muito misteriosa da França. Ela não me contou quase nada do que aconteceu por lá. Porém, eu notei que algo estava diferente. Ela disse que depois me contaria, porém nunca mais tocou no assunto.

AURÉLIO: A Marlene e eu fomos mais que um casal. Fomos cúmplices!

OLGA: Cúmplices?

AURÉLIO: Exatamente! Mas ela não foi leal comigo e voltou para o Brasil sem nem olhar pra trás.

Aurélio se levanta.

AURÉLIO: O que ela fez comigo, eu não vou deixar barato! Eu voltei para acertar todas as minhas contas com ela!

Olga boquiaberta. Aurélio firme, decidido. CORTE PARA/



FIM DO CAPÍTULO!


Elenco:

Mariana Ximenes como Marlene

Joaquim Lopes como Bentinho

Juliane Araújo como Rute

Marcos Pitombo como Maneco

Daniel Boaventura como Aurélio

Ary Fontoura como Lauro

Ana Lúcia Torre como Rebeca

Amanda Richter como Olga

Giordano Becheleni como Fernando

Jacqueline Sato como Aninha

Rosane Gofman como Dita

Carlos Vereza como Padre Tide

Noite Feliz






Noite Feliz

Conto

star 06 min | Drama
Classificação: 14 anos
Formato: Conto
Autor: Eduardo Canesin
Estreia Original: 10 Jun 2019 (Wattpad)

Sinopse


Às vezes, a maior maldição é continuar vivo... deve-se, assim, buscar uma solução para esse problema. Testemunhe o último dia da vida de Adão e Eva, um casal apaixonado e condenado.


espaço






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Noite Feliz Conto




WEBTVPLAY APRESENTA
NOITE FELIZ


Conto de
Eduardo Canesin




© 2019, Wattpad.
Todos os direitos reservados.
***

Os corpos de Adão e sua esposa foram encontrados pela polícia após alguns vizinhos reportarem o mau cheiro que vinha de seu apartamento. Estavam em estado avançado de decomposição e o imóvel não apresentava nenhum sinal de que fora invadido. Tudo indicava que cometeram suicídio.

Não encontraram ferimentos ou lacerações, por isso os peritos concluíram que a causa mortis era envenenamento. Pelas disposições dos corpos quando foram encontrados – a mulher com a cabeça apoiada na barriga do marido, o qual estava deitado em um travesseiro –, o relatório final foi taxativo: a morte fora autoinfligida, pois não havia indícios da angústia de sentir os efeitos de algum veneno. Apesar de nenhum legista ou toxicologista identificar qual fora a substância ingerida, nada abalou a conclusão do veredicto. O caso estava fechado.

De fato a morte fora autoinfligida. Os eternos amantes estavam deitados de modo cômodo, pois foi assim que passaram seus últimos momentos, antes do falecimento: comodamente. Não sentiram dor ou angústias – muito pelo contrário. Para que entendamos o que houve, talvez seja necessário saber sobre o último dia do casal.

Adão sofria de depressão (antes chamada de melancolia) há já vários anos. Não suportava o mundo em que vivia e no que este mundo se tornara. Tudo era tão triste e vazio… perdera os filhos, os quais não se importavam com os pais, tampouco com os próprios laços consanguíneos. Adão e sua esposa ficaram sozinhos, só tinham um ao outro. Ao menos ela lidava um pouco melhor com isso.

Ele tentara seguir em frente na vida pelo máximo que pôde. Tentou serviços braçais, tentou ser músico, tentou ser gari, tentou ser eletricista. Apenas não tentou algum trabalho corporativo, pois sabia que jamais teria estômago para isso. Na verdade, sequer tinha idade para essas coisas.

Nos últimos anos, quando seu sofrimento atingiu o mais alto patamar, simplesmente desistiu da humanidade. Trancou-se em casa e não saía mais do quarto. Sua esposa provia o sustento da pequena família e pagava as contas. No restante do tempo, tentava animar o marido – geralmente sem muito sucesso.

Ela também via o absurdo que tudo se tornara nos últimos tempos, mas não era tão sensível e tentava se convencer de que, no fim, as coisas poderiam melhorar. Talvez só faltasse conhecimento para as pessoas. Ela sempre foi uma fervorosa defensora do saber – enquanto seu marido, mais conformista, sempre pendeu ao obscurantismo.

Havia uma série de pequenos avanços no mundo que tornavam a vida do esposo recluso um pouco menos fastiosa: televisão, computadores, filmes, músicas e livros os mais variados. Houve tempos em que as coisas não eram assim.

Pelo menos a esposa sabia que o marido não ficaria apenas estirado na cama – embora ficasse assim a maior parte do tempo – enquanto ela saía para trabalhar: ele poderia ler ou assistir alguma coisa. Talvez isso o distraísse e, quiçá, desse-lhe nova esperança para encarar a humanidade.

Adão até tentara produzir as próprias histórias, mas no geral eram muito soturnas, só mostravam a miséria do mundo. Ele apenas colocava no papel aquilo que preenchia sua mente, aquilo que observava e que percebia como uma tendência inevitável da vida. Ele não via uma saída. Suas histórias jamais saíram de sua casa – ele não tinha para quê se preocupar com publicações ou qualquer coisa do tipo, pois não valeria a pena. Quem leria o que escreveu, em uma sociedade que passou a se comunicar apenas por grunhidos?

Por fim, parou de escrever. Não tinha motivo para se dar a tanto esforço. Bastava pensar nas histórias, o que poderia fazer enquanto estava deitado na cama, seu jeito preferido de passar os dias e as noites.

Apesar de, na época que saía de casa, jamais ter tido um trabalho qualificado, bem como nenhum tipo de educação formal, Adão tinha a sensibilidade de um poeta. Ele conhecia o mundo o suficiente para saber que não queria viver nele. Por isso, tomou uma decisão.

Essa decisão, em princípio difusa, foi ganhando corpo ao longo dos dias. Graças à internet, uma ferramenta fabulosa cujo valor não era negado por Adão, ele teve contato com alguns endereços eletrônicos e grupos de conversas.

Eram grupos pequenos e sites desconhecidos, os quais falavam mais de lendas do que de verdades. Ainda assim, algo despertou a atenção de Adão, que era sagaz e percebeu um certo padrão onde as características pareciam por demais díspares.

Os relatos eram vagos. Falavam sobre mortes misteriosas e – às vezes – sobrenaturais. Mortes que aconteciam ao redor do globo, com pessoas sem nenhuma ligação, mas que envolviam supostos envenenamentos. Os efeitos eram os mais diversos, tendo como única semelhança o fato de as substâncias jamais serem identificadas pelos legistas.

Tudo não passava de teoria da conspiração, é evidente. Ou será que não? Adão pensou um pouco e uma imagem lhe veio à cabeça. Uma figura de muito tempo atrás, que ele fez questão de exorcizar de sua mente – mas que sempre fazia questão de voltar, para escarnecer de suas escolhas e das consequências que vieram com elas.

Ele não falava sobre isso com a esposa, mas sabia que ela também pensava nessa figura. Talvez não com a mesma dor e o mesmo peso, mas certamente pensava. Talvez o peso fosse até maior, mas ela era mais forte e sabia suportar o sofrimento.

O fato é que a imagem estava clara na cabeça de Adão e ele tinha certeza de que havia uma relação entre ela e os eventos conspiratórios. Tudo era um jogo para aquela figura e, de alguma forma, ele sempre estivera no centro do tabuleiro, cercado e sem saída. Talvez fosse a hora de fazer seu último movimento – o qual era aguardado há muito tempo e já devia ter ocorrido.

Ele não falou disso com sua esposa. Ainda não era hora. Apenas ficou deitado, pensando em como agir. Fez mais algumas pesquisas e percebeu que o movimento derradeiro naquela partida não seria tão difícil assim.

Certa noite, quando a esposa chegou, eles tiveram uma refeição saborosa. Pediram pizza – Adão adorava isso – e algumas sobremesas geladas, sempre tão gostosas. Por fim, assistiram alguns filmes até a hora de dormir. Assim se encerrou a penúltima noite do casal.

No dia seguinte, depois que a esposa de Adão saiu de casa, ele acordou. Tinha coisas a fazer na rua. Fazia anos que não pisava fora de casa, foi uma sensação ruim, difícil de lidar e desagradável.

O dia estava lindo, é verdade, mas Adão só via melancolia a cada passo que dava. O que o mundo se tornara? Apesar de todos os avanços, algo se perdera ao longo de todos aqueles anos. Talvez a amizade primordial tivesse sido esquecida. Talvez fosse isso que faltasse. Mas não importava, não era o momento para elucubrações.

Começou a caminhar. Tirou a camisa, para sentir o sol em sua pele. Estava branco como um vampiro, mas isso não importava. Não ficaria bronzeado nem teria câncer de pele, no fim das contas. Apenas andou mais alguns passos e depois mais outros.

Podia pegar um ônibus, mas não suportava aquilo. A única forma de locomoção que achava apetecível era a caminhada. Tudo o mais era vão. Mesmo a caminhada era vã, pois não adiantava se locomover, já que não há lugar a que pudesse ir para escapar da miséria. Ainda assim, ao menos a caminhada era menos deprimente que outras formas de se deslocar. Para alguém tão melancólico, era algo que não podia ser desprezado.

Adão não se preocupou em fazer mapas ou em pesquisar endereços. Pelo que aventou e suspeitava, isso jamais daria certo nem seria necessário. Aliás, nem precisava mesmo se preocupar com isso, pois provavelmente encontraria o que procurava, não importando o caminho que escolhesse. O tempo e o espaço sempre foram relativos.

O local a que chegou era um beco degradado, o cenário perfeito para um encontro como aquele, depois de tantos e tantos anos. Estava em um beco degradado, para falar com uma figura degradada. Encontrou uma lojinha velha, sem identificação. Era minúscula e vil. Adão sorriu. Sabia que era lá que encontraria o que procurava.

Atravessou a porta e entrou na loja mal iluminada, repleta de ervas e frascos de vidro. Um senhor caquético e com aparência reptiliana limpava os objetos de uma prateleira. Sem se virar para o visitante, começou o diálogo:

Em quê posso ajudá-lo, meu caro?

Há quanto tempo…

Eu o conheço? - Disse o velho, com ar zombeteiro.

Ambos sabemos que sim, embora você tenha tratado sobretudo com minha mulher.

Ah, acho que começo a me lembrar. Uma senhora fantástica, se me recordo bem. Perdoe minha memória… ela já não funciona mais como antes.

Não faz mal. Não vim aqui relembrar o passado.

Embora houvesse muito a recordar, não é mesmo? Como vai nosso amigo em comum? Tem notícias dele, após tantos e tantos anos?

Você sabe que não.

Eu? Mas como eu saberia disso, meu caro?

Se tem algo que aprendi é que você sabe de quase tudo.

Quase… mas te entendo. Não perderei tempo perguntando dos seus filhos, então.

É melhor assim.

Hehe. Senti sua falta. E de sua esposa. Imagino que nunca me esqueceram, não é mesmo?

Era impossível que esquecêssemos, depois de tudo pelo que passamos.

Sim, passaram por muita coisa. Mas sejamos justos, não fui eu a causa de tudo… eu só dei o que queriam, não obriguei ninguém a fazer coisa alguma. E a reação foi meio superdimensionada, não é mesmo?

Não vim aqui discutir o passado.

Certamente não.

Você sabe porque estou aqui?

Ora, você mesmo disse que eu sei de quase tudo… mas não é preciso de tanto conhecimento para perceber o que você quer. Está na cara, hehehe. Ainda assim, gostaria de ouvir de sua própria boca.

Eu quero ajuda.

Para o quê?

Para acabar com tudo isso.

Hehehe.

Você vai me ajudar?

Por que você vem até mim? Não haveria outras formas de conseguir seu objetivo?

Você sabe que não. Você sabe que já tentei de muitas outras formas. Várias e várias vezes, sempre sem sucesso.

E como sua doce esposa se sentiu, ao saber de todas essas tentativas malfadadas?

– …

Ora, não me diga que você não contou a ela!

Você vai me ajudar ou não?

Mas é claro que sim. Ao contrário do que dizem por aí, sou muito misericordioso. Sempre dou aquilo que me pedem.

Mas a quê custo? E com quais consequências?

Nunca cobro mais do que podem pagar. E as consequências não são causadas por mim. As consequências são causadas pelos próprios indivíduos. Ou por nosso amigo em comum, sempre tão ciumento…

Não vim aqui para falar sobre isso.

Tenho certeza que não. Mas me diga: você abandonaria sua admirável esposa sozinha, nesse mundo tão cruel?

– …

Hmmm… vejo que agora começo a te entender de verdade, hehehe. Por que você acha que ela te seguiria?

Eu a conheço.

Não é bom ter o conhecimento, no fim das contas? Hehehe.

Você vai, ou não, me ajudar?

Já falei que sim. Tenho justamente aquilo que você procura. Para ser sincero, sempre achei que você me procuraria antes. Demorou muito, mas ainda estava te esperando.

Como isso funciona?

É uma erva simples. Basta misturá-la com alguma comida e ingeri-la. Não tem segredo.

Qual é a sensação?

Hehehe. Preocupado com isso, meu caro? Fique tranquilo. Vocês não sentirão nada. Mentira: sentirão um prazer que há muito não sentiam. Vocês visitarão, em sonhos despertos, o mundo que perderam. Será prazeroso, onírico, único. Depois disso, aos poucos, vão adormecendo e os sonhos ganharão mais intensidade. Nesse momento, o corpo desligará. É só isso que posso oferecer. O que acontece após esse momento não é minha responsabilidade.

A questão das consequências, não é mesmo?

Hehehe. Senti tanto a sua falta, Adão.

Por que apenas isso pode acabar com o sofrimento?

Posso ser o pai da Filosofia, mas não sou dono das respostas. Você teria de perguntar ao nosso amigo, mas não sei se irão encontrá-lo.

Encontraremos alguém?

Ei, Adão, pare com isso. Você sabe que não posso te dar todas as respostas. Te dei o que você queria, agora é com você.

E quanto isso custa?

Nada que você não possa pagar.

Entendo. Então eu posso levar esse frasco?

Claro que pode. Provavelmente você não tem dinheiro algum aí com você. Por conta disso, não cobrarei nada. Cortesia para um velho amigo. Qualquer outro preço que tiver de ser pago, podemos acertar em outro momento. Ou não, hehehe.

Adão colocou o frasco em seu bolso e saiu da velha loja que foi tão fácil encontrar. Imaginava que muitos outros tiveram a mesma facilidade, em outros lugares, outros tempos. Cada um com um desejo que só aquela estranha figura poderia satisfazer. Ninguém nunca parava para pensar nas consequências. Tampouco Adão.

Ele caminhou de volta para casa. Chegou, tomou banho, assistiu um pouco de televisão e tirou um cochilo. Mais tarde, sua esposa voltou para casa, após mais um dia cansativo no trabalho.

Adão contou-lhe sobre como passara seu dia, suas escolhas e decisões. Mostrou o frasco para a esposa e a abraçou. Ela deixou algumas lágrimas escorrerem, beijou o marido e aquiesceu. No fim, sabia que aquela era a única saída. Ela era forte, mas estava tão cansada quanto ele de tudo aquilo. Já viram bastante, fizeram bastante e nada mudou. Na verdade, o mundo apenas piorava. Era degradante testemunhar tudo aquilo, talvez realmente fosse a hora de fechar as cortinas e encerrar o ato.

Pediram comida chinesa e mais algumas sobremesas saborosas. Comeram como reis, com a estranha erva misturada em um pote de sorvete. Após isso, conversaram um pouco, riram e se abraçaram. Eva deitou na barriga de Adão e passaram seus últimos momentos em um estado de espírito que há muito não desfrutavam. Estavam em paz.

Algumas semanas depois, a polícia arrombou o apartamento e constatou o óbito. Apesar do avançado estado de decomposição, os corpos esboçavam sorrisos.

Os Pecados de Cada Um 2






Os Pecados de Cada Um

Episódio Especial

star 30 min | Drama / Suspense
Classificação: 16 anos
Formato: Episódio Especial
Autor: Francisco Siqueira
Estreia Original: 03 Jul 2021 (Widcyber)
Do mesmo autor: Os Pecados de Cada Um 1, Silêncios

Sinopse


O começo do fim para Gabriela, Márcio Antônio, Ronaldo, Eve e tantos outros personagens de "Os pecados de da um", é vislumbrado neste episódio especial... Ou será que, em verdade, o fim e começo se tratam apenas de um ponto de vista?

Episódio especial da pré-segunda temporada de Os Pecados de Cada Um.

Curiosidades


Os Pecados de cada Um 2 levou dois prêmios pela Cyber Awards 2020: Enredo Criativo e Melhor Capa oficial.

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GABRIELA

Gabriela (Alba August)

Jovem psiquiatra, designada a tratar do caso do paciente "Eve", acusado de assassinato.

ANTONIEL

Antoniel (Benedict Cumberbatch)

Pai abusivo de Ronaldo, cuja história se passa em 1977.

MÁRCIO ANTONIO

Márcio Antônio (Tom Hiddleston)

Professor e alvo de desejo de Lucas.






Cyber Awards

Enredo Criativo
Melhor Capa Oficial