WEBTVPLAY ORIGINAL APRESENTA

 QUERER É PODER

CAPÍTULO 02


MINISSÉRIE CRIADA E ESCRITA POR

Lucas Oliveira

 


Direção:

CRISTINA RAVELA

 

Personagens deste Capítulo:

BRUNO

CELSO

EVA

JUNO

LUAN

MAURO

MIRELA

NARA

PAULA


Participação:

DELEGADO

HOMEM

SEGURANÇAS



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***

 

CENA 01. MANSÃO TOLEDO. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Continuação imediata do capítulo anterior.

Celso e Paula veem de dentro.

Mirela está de costas, com um óculos escuro, um vestido bem justo e decotado.

PAULA: Quem é você?

Mirela retira os óculos e se vira.

MIRELA: Sou Mirela Monteiro! Muito prazer!

Celso arregala os olhos, boquiaberto. Mirela com um olhar fatal.

PAULA: Mirela de onde? Não tô lembrando de você.

MIRELA: Eu sou cliente da loja Celome, do seu marido. Eu sou amiga do Celso!

PAULA: (Confusa) Amiga? Celso, eu não sabia que você criava relações tão próximas com seus clientes.

CELSO: (Nervoso) É que... A Mirela é... Ela é esposa de um dos sócios lá da loja. E com certeza veio trazer algum recado dele, né?

MIRELA: Digamos que sim!

CELSO: Vamos lá fora, querida! Aí você me conta o que ele te mandou dizer.

Celso vai empurrando Mirela em direção a porta, visivelmente afoito e inquieto. Eles saem. Em Paula, intrigada. INTERCALA COM/

 

CENA 02. MANSÃO TOLEDO. JARDIM. EXT. DIA.

Celso vem segurando Mirela pelo braço.

MIRELA: (Se desvencilha) Me solta!

CELSO: (Enfurecida) Você tá maluca?! Como tem a audácia de aparecer na minha casa desse jeito? Pirou, porra?

MIRELA: Isso é pra tu aprender que comigo não se brinca! Qual é, Celso? Só porque eu sou suburbana, tu acha que pode me esculachar?

CELSO: Pelo amor de Deus! A gente já tinha conversado sobre tudo isso.

MIRELA: Por que tu não me atendeu quando eu te liguei nestante?

CELSO: Eu tinha acabado de chegar em casa. Eu fui tomar banho pra almoçar.

MIRELA: Eu me senti rejeitada, dispensada. E foi exatamente isso que tu fez. Tu dispensou minha ligação, pô.

Celso respira fundo, impaciente.

CELSO: Mirela, antes que a Paula desconfie de algo, vai embora logo! Depois a gente conversa sobre tudo isso. Mas agora vai embora de uma vez!

MIRELA: Eu fiz uma surpresa pra tu, pô. Tava no tatuador fazendo uma tatuagem e liguei pra te contar.

CELSO: Que tatuagem?

MIRELA: Eu mandei escrever bem grande a frase: PROPRIEDADE DE CELSO!

CELSO: (Surpreso) Tá falando sério? Aonde?

MIRELA: Lá embaixo. Na minha garagem, na gruta do nosso amor.

Reação de Celso. Ele boquiaberto, em choque.

CELSO: Caramba! Eu nem sei o que dizer. Eu tô completamente sem palavras.

MIRELA: (Segurando o choro) Isso é pra tu ter noção do amor que eu sinto por tu, de quanto tu é importante na minha vida. Eu só quero você e mais nada, Celso! Sou propriedade tua!

CELSO: (Força um sorriso) Eu agradeço. Agora vai embora, por favor!

MIRELA: Eu vou. Mas agora que a Paula já me conhece, se um dia tu pensar em me abandonar, pode ter certeza que eu volto aqui e só saio depois que a Paula tiver escutado todos os detalhes mais picantes da nossa história. Fica esperto!

Mirela retira os óculos da bolsa e põe novamente.

Ela sai caminhando, cabisbaixa. Celso leva as mãos à cabeça, preocupado. CORTE PARA/

 

CENA 03. MANSÃO TOLEDO. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Paula sentada no sofá. Juno vem de dentro.

JUNO: Com licença! A madame vai querer que eu a leve ao Shopping como combinado?

PAULA: Não, Juno. Por mim, você está dispensado!

JUNO: Mesmo?

PAULA: Sim. Ao menos que o Celso precise dos seus serviços. Antes de ir, pergunte a ele.

JUNO: Sim, senhora!

PAULA: Ah, só mais uma coisa: Me espere lá fora que depois eu quero conversar com você.

JUNO: Sobre o que, madame?

PAULA: (Leve sorriso) Você sabe muito bem do que se trata. Pode ir!

Juno sai. Em Paula, pensativa. CORTE PARA/

 

CENA 04. SÃO PAULO. PARQUE DO IBIRAPUERA. EXT. DIA.

Luan caminhando por ali. EVA (Mestiça, estatura média, cabelos lisos e longos e com uns 26 anos) vem correndo em sua direção.

Luan e Eva se abraçam fortemente e sem seguida se beijam.

EVA: (Ofegante) Que vontade que eu tava de te abraçar de novo, te beijar, tá bem perto de você.

LUAN: (Radiante) Eu também, meu amor! 24h longe de você, parece uma eternidade!

EVA: HAHA! Quero ver quando a gente for morar junto se cê vai me aguentar o tempo todo mesmo.

LUAN: E existe essa possibilidade?

EVA: Ué, por que não? Se a gente for querer construir algo juntos, eu não posso te levar pra morar na casa da minha família e nem você me levar pra sua, né?!

LUAN: Isso é verdade. Vamos ali tomar um sorvete!

Eles saem caminhando juntos, de mãos dadas. CORTE PARA/

 

CENA 05. MANSÃO TOLEDO. SALA DE ESTAR. INT. DIA.

Paula andando de um lado para o outro, inquieta. Celso vem de fora.

PAULA: Ah... E então, terminou a conversa com a sua amiguinha?

CELSO: Meu amor, deixa eu te explicar/

PAULA: (POR CIMA) Eu não engoli essa história, não. Eu nunca vi isso acontecer, Celso!

CELSO: Calma! A Mirela é mesmo a esposa de um sócio lá da loja. Ela usou esse termo de amizade, apenas por educação. Não precisa ficar com ciúmes. Ela só veio trazer um recado de negócios do marido pra mim.

PAULA: Quem disse que eu tô com ciúmes?

CELSO: Eu sei que tá! Vem cá, vem!

Celso puxa Paula pela cintura.

CELSO: (Encarando-a) Eu só tenho olhos pra você, meu amor! Só pra você!

Paula sorri. Eles se beijam. CORTE PARA/

 

CENA 06. SÃO PAULO. PARQUE DO IBIRAPUERA. EXT. DIA.

Eva e Luan caminhando lado a lado, enquanto tomam sorvetes.

EVA: Afinal, qual foi a reação da sua família quando você falou que tava namorando, amor?

LUAN: Ah, meu irmão ficou de boa. Ele disse que podia te levar lá pra casa, sim. A minha cunhada também é tranquila. E a sua vó?

EVA: A minha avó... Ela é rabugenta, viu?! Já te adianto. Ela disse que queria conhecer primeiro, pra depois tirar conclusões.

LUAN: Não tem problema. Eu enfrento a fera!

EVA: Amor, vamos comigo numa balada top aqui perto?

LUAN: Qual?

EVA: Aquela que eu disse que ia te levar. Quando cai a noite, já começa. Cê vai amar!

LUAN: Bom, já que daqui a pouco anoitece mesmo...BORAAA!

EVA: (Sorri) É por isso que eu te amo!

Eles se beijam, apaixonados. CORTE PARA/

 

CENA 07. MANSÃO TOLEDO. QUARTO DE MAURO. INT. DIA.

Mauro deitado na cama, dormindo. Celso sentado ao lado, acaricia as mãos dele.

CELSO: Oh, meu pai... Levanta logo dessa cama! Eu preciso tanto do senhor, das suas palavras, do teu consolo! Fica bom logo, meu velho!

Celso beija a testa de Mauro, emocionado. CORTE PARA/

CENA 08. MANSÃO TOLEDO. JARDIM. EXT. DIA.

Juno lavando o carro, sem camisa. Paula se aproxima.

PAULA: Pode parar um pouquinho, por favor?

Juno coloca o balde no chão.

JUNO: Sim, senhora!

PAULA: Por que tá sem camisa?

JUNO: Calor, madame! Muito calor! Ficar com roupa de motorista o dia todo, ainda mais com sol quente, né brincadeira, não!

PAULA: Foi bom você lembrar disso, Juno. Era exatamente isso que eu queria te dizer. Você aqui é apenas o motorista, tá?!

JUNO: Eu sei disso. E sei também que exerço minha função muito bem.

PAULA: Ótimo! Por tanto, pare de me mandar aquelas mensagens para o meu WhatsApp. Eu sou sua patroa! Você ficar me cantando daquele jeito, não pega bem. Já pensou se o Celso descobre?

Juno se aproxima dela.

JUNO: Ele não vai descobrir, Dona Paula. Cê sabe que eu sou louco, apaixonado pela senhora.

Surge um clima entre os dois. Paula visivelmente mexida.

PAULA: (Começa a se abanar) Ai, que calor!

JUNO: Se me der uma chance, não vai se arrepender!

Paula empurra Juno.

PAULA: Se afaste, por favor! Eu não tenho mais nada a dizer. Você já foi avisado. Com licença!

Paula sai, balançada. Em Juno, sorridente. CORTE PARA/

 

CENA 09. MANSÃO TOLEDO. QUARTO DO CASAL. INT. DIA.

Celso em ligação com Bruno.

CELSO: Pois é, meu amigo! Ela tá ficando cada vez mais maluca! Eu não sei o que faço!

BRUNO: (OFF) Realmente, depois de hoje, não tem como negar que ela é mesmo capaz de tudo!

CELSO: E o pior que veio aqui em casa, cara! Foi maior barra pra eu contornar a situação com a Paula. Eu não sei mais o fazer!

BRUNO: (OFF) Conta comigo sempre, mano! Agora vou desligar aqui. Já vou ter que começar a aula.

CELSO: Beleza, Bruno! Tchau!

Celso desliga o celular e se joga na cama, pensativo. CORTE PARA/

 

CENA 10. ESCOLA DE CAPOEIRA. INT. DIA.

Bruno sai de um canto e guarda o celular no bolso.

Bruno se aproxima de uma roda de alunos, que estão sentados em pequenos bancos.

BRUNO: Bom, então vamos começar a aula de hoje, pessoal!

Bruno pega um banco e senta-se à frente deles.

BRUNO: A capoeira é uma representação cultural que mistura esporte, luta, dança, cultura popular e brincadeira também. Sua maior característica são os movimentos ágeis e complexos, onde são utilizados os pés, as mãos e elementos ginástico-acrobáticos. E ela também se diferencia das outras lutas por ser acompanhada de música.

Bruno se levanta e começa a caminhar em volta da roda.

BRUNO: Mas tem mais uma diferença dentre as outras. É que a capoeira veio com o povo negro na época da escravidão. Era uma forma de luta e resistência contra aqueles absurdos do período. E é por isso mesmo que ela não é tão valorizada até hoje. O Brasil até hoje tem um racismo enraizado muito forte.

Todos os alunos atentos. NARA (Branca, alta, cabelo curto e loiro e com uns 36 anos) levanta uma das mãos.

NARA: Com licença, professor! Mas eu não concordo com isso, não!

BRUNO: Por quê?

NARA: Se o Brasil fosse tão racista assim, não teria escolas de capoeira aqui e em nenhum canto do país. E muito menos você como professor.

BRUNO: (Leve sorriso) Acontece que o racismo atual no Brasil, na maioria das vezes, é velado!

Bruno se aproxima de Nara.

BRUNO: Por isso, antes de darmos qualquer opinião, precisamos estudar e entender melhor sobre o assunto!

Todos os alunos se entreolham. Bruno e Nara se encaram fixamente. CORTE PARA/

 

CENA 11. SÃO PAULO. EXT. DIA.

PANORAMA da grande metrópole. ANOITECE.

CORTE PARA/

 

CENA 12. BOATE DANCE. FACHADA. EXT. NOITE.

Grande movimentação de pessoas. Um tumulto formado. Eva e Luan pelo meio.

SEGURANÇA 1: (Grita) VAMO ORGANIZANDO AÍ, PORRA!

SEGURANÇA 2: Pessoal, façam filas, senão vou ter que barrar todo mundo!

Algumas pessoas conseguem passar. Eva é uma delas.

Luan tenta seguir Eva, mas é barrado.

SEGURANÇA 1: Pera aí, mano! Tu tem dinheiro mesmo pra pagar isso aqui?

LUAN: Claro que sim! Mas hoje eu tô com minha namorada. Foi ela quem pagou!

SEGURANÇA 1: (Bravo) QUE NAMORADA, RAPÁ?

LUAN: Aquela ali que acabou de passar. Ela já pagou a entrada dela e a minha.

Luan acena para Eva.

LUAN: (Grita) OH EVA!!! Volta aqui, amor! Rápido!

Eva estranha e recua.

SEGURANÇA 1: Se tu tiver mentindo, o negócio vai pegar pro teu lado!

Eva se aproxima deles.

EVA: O que foi? O que tá acontecendo aqui?

LUAN: Esse cara tá me barrando. Fala pra ele que eu tô contigo.

SEGURANÇA 1: Isso é verdade?

EVA: (Revoltada) Mas é claro que é! Que absurdo! Eu disse que meu namorado tava comigo, quando paguei nossas entradas.

SEGURANÇA 1: Mas eu não sabia que era ele.

EVA: Por que não?

SEGURANÇA 1: Nada. Podem passar e fiquem à vontade! Vai desculpando aí!

EVA: Vamos, amor!

Eva segura Luan pela mão e os dois entram. O segurança balança a cabeça negativamente. CORTE PARA/

 

CENA 13. ESCOLA DE CAPOEIRA. INT. NOITE.

Todos os alunos saindo do local. Bruno e Nara em um canto.

NARA: Mais uma vez, eu queria me desculpar por ter interrompido a aula pra falar aquilo. Eu jamais queria banalizar seu movimento e muito menos a capoeira, que eu sou tão apaixonada.

BRUNO: Magina, Nara! Discussões saudáveis são sempre bem-vindas. E aqui é uma escola. É assim que a gente aprende, né?!

NARA: Verdade. Eu sempre amei capoeira. Mas minha rotina intensa de trabalho nunca me deixou aprender. Então, eu mesma resolvi tirar férias e escolhi me inscrever aqui.

BRUNO: E fez muito bem. Olha, eu bem que queria continuar conversando, mas vou ter que ir. Reservei uma mesa num restaurante aqui perto e não posso me atrasar. Se quiser me acompanhar...

Troca de olhares. Surge um clima entre os dois.

NARA: Eu jantar com você?

BRUNO: Por que não?

NARA: Tá aí! Estava sem programa pra hoje à noite.

BRUNO: Então, vamos!

Bruno pega sua mochila ao canto e os dois saem. CORTE PARA/

 

CENA 14. MANSÃO TOLEDO. QUARTO DO CASAL. INT. NOITE.

Celso sentado na cama, em ligação com Mirela.

CELSO: Por favor, eu já disse que depois a gente conversa, Mirela!

MIRELA: (OFF) É que eu preciso saber quando a gente vai se ver de novo. Vai ser amanhã?

CELSO: Tá. Mas para de ligar pra cá, porra! Quer me prejudicar ainda mais?! Amanhã a gente se fala. Tchau!

Celso desliga o celular e deita na cama. Paula adentra o local.

PAULA: Acabei de vim do quarto do seu pai! A empregada já deu o remédio dele e Seu Mauro já tá dormindo.

CELSO: Que bom, amor!

Paula deita ao lado de Celso e começa a acariciá-lo.

PAULA: Acho que agora precisamos de um momento só nosso. Pra relaxar...

CELSO: Depois de tantos problemas, fica difícil eu pensar em qualquer outra coisa que não seja dormir. Eu tô com a cabeça cheia, Paula. Espero que eu consiga resolver tudo amanhã lá na loja.

PAULA: Pois é. Já não chega os problemas lá, agora eles vem pra nossa casa e no corpo de uma loiraça.

CELSO: Eu já te expliquei tudo sobre a Mirela, meu amor. Não vamos recomeçar esse assunto, por favor!

Celso vira para o outro lado e se cobre com o lençol.

CELSO: Boa noite!

Em Paula, insatisfeita. CORTE PARA/

 

CENA 15. BOATE DANCE. PISTA DE DANÇA. INT. NOITE.

Local lotado. Eva e Luan dançam juntinhos, enquanto bebem.

EVA: Amor, pega um outro drink pra mim?

LUAN: É pra já!

Luan se afasta. Um homem (Branco, alto e com uns 24 anos) se aproxima de Eva e passa a mão na bunda dela.

HOMEM: Gostosa você, hein!

EVA: (Esquivando-se) Quê isso? Tá maluco?

Luan se vira e se aproxima do homem.

LUAN: Qual é, mermão? A mina é minha namorada. Pirou, meu?

HOMEM: Qual é o que, rapá? Tá pensando que manda nessa porra? Se enxerga, seu otário!

O homem dá um empurrão em Luan, que cai no chão.

Os dois se olham fixamente. Luan levanta furioso e dá um soco no homem. Eles começam uma troca de socos intensa.

Um grande tumulto começa e se forma uma roda no centro. Muita gritaria e algazarra. Eva por ali, desesperada.

Dois seguranças aparecem e separam a briga. Cada um segura um.

SEGURANÇA 1: Cês tão malucos?

HOMEM: Foi ele quem começou. Esse cara vem da zona e ainda quer tirar onda na nossa área.

LUAN: Furioso) Que zona, seu idiota! Cê nem sabe de onde eu vim.

SEGURANÇA 2: Leva ele pra delegacia de uma vez!

SEGURANÇA 1: Vamos!

LUAN: (Tentando se desvencilhar) Pera aí, que delegacia?

SEGURANÇA 1: Depois dessa confusão que cê causou, tu ainda pergunta?

LUAN: (Revoltado) Por que só eu? Foi esse mané aí quem começou. Eu não vou pra lugar nenhum!

EVA: Ele tem razão, seu delegado. O Luan só veio me defender. Não teve culpa de nada.

HOMEM: Essa mina tava dando mole pra mim e o corno não aguentou e veio me bater. Leva mesmo, que esse tipinho é perigoso.

SEGURANÇA 2: E você, melhor calar a boca, antes que a gente te leve junto com ele.

O segurança algema Luan e sai. Eva segue eles, desesperada. CORTE PARA/

 

CENA 16. RESTAURANTE. INT. NOITE.

Ambiente quase vazio. Bruno e Nara estão em uma mesa, ao canto.

BRUNO: Fico feliz que tenha aceitado meu convite pra jantar, Nara. Você vai adorar o vinho que eles servem aqui!

NARA: Depois da desfeita, seria o mínimo. E você também foi muito gentil!

Os dois trocam olhares e surge um clima.

NARA: (Se recompondo) Parece que eu tenho uma ligação muito forte com a aprendizagem.

BRUNO: Por que?

NARA: Ah, é que meu ex namorado também era meu professor, só que de natação.

Os dois riem.

BRUNO: Mas eu tenho uma coisa pra te perguntar: Você já namorou algum bi?

NARA: (Confusa) Não entendi, Bruno.

BRUNO: Eu gosto de deixar as coisas claras desde o início. Eu sou bissexual!

NARA: O quê?

Na reação espantosa de Nara. CORTE PARA/

CENA 17. DELEGACIA. RECEPÇÃO. INT. NOITE.

Eva caminhando de um lado para o outro, agoniada. O delegado vem de dentro.

EVA: Ah, finalmente! Delegado, você precisa soltar o Luan. Ele é meu namorado e tava comigo na hora da confusão. Foi tudo um grande mal-entendido. Isso é um absurdo!

DELEGADO: Calma, mocinha! Nós vamos averiguar toda a situação!

EVA: Eu exijo que vocês avisem ao irmão do Luan.

DELEGADO: Por que você mesma não faz isso?

EVA: Nosso namoro é recente e eu ainda não tenho o número dele. Mas é um direito do Luan, Delegado. E o senhor não pode negar isso.

DELEGADO: Eu vou pedi o número a ele e farei a ligação. Com licença!

O delegado sai. Em Eva, nervosa. CORTE PARA/

 

CENA 18. MANSÃO TOLEDO. QUARTO DO CASAL. INT. NOITE.

Celso dormindo. Paula pensativa.

Ouve-se o celular tocar. Celso se assusta e atende.

CELSO: Alô?

PAULA: Como que ligam pra casa dos outros numa hora dessas?!

DELEGADO: (OFF) É o irmão do jovem Luan Toledo?

CELSO: Sim. O que houve com meu irmão?

DELEGADO: Liguei para avisar que ele foi detido, após se meter numa confusão na boate Dance.

CELSO: Como é que é? Meu irmão tá preso?

Reação assustada de Celso. CORTE PARA/

 

FIM DO CAPÍTULO!

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