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RAÍZA 2ª TEMPORADA SÉRIE
0:33:00 min
WEBTVPLAY APRESENTA
RAÍZA 2
Série
de
Cristina Ravela
Episódio 21 de 23
"Até que a Morte nos Separe"
© 2011, WebTV.
Todos os direitos reservados.
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CENA
1
FACHADA – CURTO-CIRCUITO [MANHÃ]
Ari,
com semblante alegre, se aproxima da porta principal, e faz que vai
entrar.
Corta
para o seu interior
O
salão está sendo arrumado para uma festa, pessoas testam luzes,
ajeitam cadeiras, colocam uma faixa onde está escrito “Felicidades
para os recém casados” no alto do palco, onde, ao fundo, há uma
tela também.
Ari vai andando, admirando tudo. Bárbara vem na contramão forçando o sorriso de alegria.
Ari vai andando, admirando tudo. Bárbara vem na contramão forçando o sorriso de alegria.
BÁRBARA:
E aí Ari? Tá gostando da decoração?
ARI:
Gente, ta o máximo! Ainda não acredito que o Cael fechou tudo só
pra fazer essa festa.
BÁRBARA:
É, amiga, nada como ter o patrão do noivo como amigo, né? (p) Mas
então, eu te chamei aqui, porque tem um cara alí (ela aponta)
querendo falar contigo, eu disse que hoje seria um pouco mais
difícil/
Ari
acompanha seu gesto e se mostra tensa.
Do outro lado, sentado em uma das cadeiras, está Víctor Leme, sorrindo na cara de pau.
Ari não deixa Bárbara terminar e se esquiva, o suspense aumenta, Ari se apressa.
Do outro lado, sentado em uma das cadeiras, está Víctor Leme, sorrindo na cara de pau.
Ari não deixa Bárbara terminar e se esquiva, o suspense aumenta, Ari se apressa.
BÁRBARA:
Ari! Peraí!
Quando
ela torna a olhar para a cadeira, Víctor já está saindo por outra
porta.
CORTA
PARA
CENA
2
CURTO-CIRCUITO [EXT. / MANHÃ]
Ari
anda apressada pela calçada olhando para o lado e para trás. Assim
que se aproxima da esquina, mãos masculinas a pegam pelo braço
violentamente. Sob efeito do susto, Ari se vê diante de Víctor
Leme.
ARI:
Me solta! Me solta!
Víctor
a prensa na parede.
VÍCTOR:
Pensou que eu tinha esquecido de você, é?
Close
na expressão medrosa dela.
A
tela se fecha num baque.
FADE
IN
CAM
mostra o bairro por cima
CORTA
PARA
CENA
3
CARRO [EXT. / FIM DA MANHÃ]
=
= Music ON: Suspense / Ação = =
O
corte é feito em Ari sendo jogada no banco do motorista. Víctor
tranca a porta, dá a volta e entra em seguida.
CARRO
[INT.]
ARI
(aflita):
O que você quer comigo? Pelo amor de Deus!
VÍCTOR:
(segura seu braço) Cala essa boca! Que quem vai falar aqui sou eu.
(p) Por quanto tempo você acha que eu ficaria preso tendo um bom
advogado, hen? As pessoas que dizem gostar de você estão na mesma
proporção das pessoas que não gostam, sabia disso?
Ari
se solta dele, temerosa.
ARI:
Víctor, por favor, eu já pedi perdão, a gente pode viver a nossa
vida em paz, será que não dá pra ser?
VÍCTOR
(meio perturbado):
Não, não dá não. Sabe por quê? Porque enquanto você vai se
casar com um bacana, a morte do meu pai ainda ta entalada aqui na
minha garganta. Cê sabe o que é isso? Sabe?
ARI:
E você sabe o que é conviver com a morte das pessoas que você
matou, sabe? Você acha que eu sou feliz por isso? Eu sempre vou ser
a assassina, nada muda isso, é isso que você quer pra você?
VÍCTOR:
Talvez seja isso que eu quero experimentar (ele mostra a chave do
carro / Ari não entende). Você passa pelo o que eu passei e eu
passo pelo o que você passa todo santo dia: A sina de ser uma
assassina.
Ele
liga o carro.
ARI:
O que cê ta fazendo?
VÍCTOR:
Eu não, você vai fazer. Dirija.
ARI:
Quê?
Víctor
saca de dentro do bolso traseiro da calça um canivete.
VÍCTOR:
Dirija essa droga, anda!
ARI:
Eu não sei dirigir muito bem.
Víctor
encosta o canivete em seu pescoço deixando-a desesperada.
VÍCTOR:
Não tenho medo de morrer. E se sairmos vivo, acho bom você fingir
que não me viu hoje...OUVIU? (susto em Ari) Agora anda!
Ari
obedece.
VÍCTOR:
ACELERA, ACELERA!
Ari,
espavorida, acelera, e o carro corre numa estrada movimentada.
ARI:
Cê quer matar nós dois, é isso?
VÍCTOR:
Eu não quero nada, só penso em assistir. AÍ, GAROTA!
Ari
desvia de um ciclista e quase tem um troço.
Víctor
ri com satisfação.
VÍCTOR:
(sádico) Já imaginou se você atropela o ciclista? Quem seria o
assassino? Eu ou você?
Ari
olha atenta, de olhos vidrados a sua frente. Víctor ri da sua
concentração.
VÍCTOR:
Não adianta prestar atenção. Se alguém tiver que cair na sua
frente (ele aproxima a boca de seu ouvido e soletra), não-dá-tempo.
E
ri em seguida.
Ari ultrapassa uma transversal e ouvimos buzinas.
Ari ultrapassa uma transversal e ouvimos buzinas.
VÍCTOR:
Se você matar alguém, eu te deixo ir ao seu casamento, ta? (Ari o
olha de soslaio) Mas sua lua de mel será no hospício.
ARI:
Seu desgraçado!
Ari
se enche de coragem e desvia o carro para um terreno baldio cercado
de pneus.
Corta
para o seu exterior
O
carro bate nos pneus e derrapa até parar.
Corta
para o seu interior
Ari
dá uma cotovelada no peito de Víctor, abre a porta do carro, Víctor
tenta impedi-la, mas Ari lhe dá um soco na cara e sai correndo.
Víctor
vai atrás. Ari entra numa rua movimentada, trânsito caótico, sai
empurrando as pessoas, tropeçando, desesperada, cai, se levanta e
olha para trás. Víctor continua na cola dela, quando a vê
atravessar a pista. Um caminhão passa a sua frente, e Ari não está
mais do outro lado. Víctor se chateia.
CAM
busca Ari escorada dentro de um prédio a frente, tremendo de medo.
A
tela se fecha num baque junto da sonoplastia.
2x21
ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE
FADE
IN
Takes
da cidade / Manhã
CORTA
PARA
CENA
3
APTº 403 [EXT. / MANHÃ]
Ângela
está de costas, a porta é aberta e Josué a encara com animosidade.
JOSUÉ:
O João não está, com licença/
Ângela
segura a porta, e os dois fazem cabo de força.
ÂNGELA:
Eu quero falar contigo.
JOSUÉ:
Não tenho nada pra falar contigo.
Josué
bate a porta.
ÂNGELA:
Eu posso esperar por ele lá embaixo e falar sobre algumas coisas
interessantes. Discutir sobre o passado, o que você acha?
Há
uma pequena espera. A porta é aberta, Josué a encara insatisfeito,
e abre passagem.
APTº
403 - SALA [INT.]
Ângela
entra com sorriso de vitória no rosto.
JOSUÉ:
O que você quer? (fecha a porta)
ÂNGELA:
Não vai me oferecer nada? Em outros tempos você tinha sempre uma
garrafa de rum para mim. (senta no sofá sem cerimônias) Lembra que
gosto de rum?
JOSUÉ:
Dá pra dizer logo o que veio fazer aqui?
ÂNGELA:
(suspira com ar esnobe) Bem, eu soube que pra você livrar minha
filha da acusação de negligência, você está obrigando sua
sobrinha a se casar com um homem que ela não ama.
JOSUÉ:
(debocha) Que romântico. (imita) Se
casar com um homem que ela não ama. Aposto
que tirou isso de alguma novela, né?
ÂNGELA:
(provoca) Não temos o mesmo gosto há muito tempo, Josué. Você
quer condenar sua sobrinha a uma vida infeliz, porque você nunca foi
feliz. Não ter conseguido ficar com a Ramona foi sua maior
frustração, não é?
JOSUÉ:
Não use o passado pra dramatizar, ok? Ela só vai colher o que
plantou. Dê-se por satisfeita que não é sua filha que está
pagando pela negligência. Foi a Raíza que decidiu assim.
Ângela
se levanta, revoltada.
ÂNGELA:
Você joga as pessoas contra a parede e depois espera que elas sejam
como você? Sem caráter? Sem coração?
JOSUÉ:
Você ta na minha casa, vê bem como fala comigo.
Ângela
debocha, anda pela sala com aquele jeito elegante, gesticulando com
certo ar de superioridade.
ÂNGELA:
Sua casa se ela se casar com o Marco, né meu bem, (ela se volta)
porque sem casamento, não há apartamento, você sabe disso.
JOSUÉ:
Você também sabe que sem casamento, sua filha é quem paga pela
inconseqüência, não sabe?
ÂNGELA:
Eu sei lidar com processos, Josué. Mas não sei se o João ia saber
lidar com a verdade.
JOSUÉ:
Tá me ameaçando de novo?
ÂNGELA:
(abusada) Mas é claro, nunca fui mulher de rodeios. Se você não
quer perder a sua paciência comigo, é bom que você não me faça
perder a minha. Não queremos que o João sofra mais esse baque, não
é?
Josué
fica pensativo. Ele vê quando Ângela sai pela porta lhe dando uma
última olhada.
Close em Josué com raiva.
Close em Josué com raiva.
CORTA
para as estradas sendo vistas de cima
CORTA
PARA
CENA
4
FACHADA - CLÍNICA NOVO HORIZONTE [MANHÃ]
Corta
para o interior de um jardim
Em
meio a visitantes e pacientes, alguns destes aparentando lucidez,
Dcr, com as mãos para trás e seu pai Daniel vem caminhando enquanto
conversam.
DCR:
Pensei em te raptar pro senhor não perder meu casamento, acho digno.
DANIEL:
Depois do que aconteceu na outra clínica, a segurança aqui aumentou
muito.
DCR:
É porque eles não conhecem o esquema que eu conheço.
Os
dois chegam a um banco e se sentam.
DANIEL:
Conheço bem o seu esquema. Acha que eu não fiquei sabendo da sua
loucura de invadir o escritório dos outros?
DCR:
(espantado) Como o senhor ficou sabendo? (brinca) Tem jornalzinho do
bairro aqui?
DANIEL:
A Ari se preocupa muito contigo. Imagine se sua mãe conhecesse esse
seu lado criminoso?
DCR:
Eu apenas segui sua recomendação de conseguir uma prova contra o
Marco para denunciá-lo sem meter a Rafaela no meio.
DANIEL:
E você tinha que ser a estrela desse enredo, né?
Dcr
dá de ombros, com aquela graça dele.
DANIEL:
Isso não é trabalho pra amadores, meu filho. (Dcr emudece) Você se
arriscou, arriscou a vida de sua noiva, de todos ao seu redor, exceto
a minha que já está lascada. Você precisa ter mais cuidado.
Dcr
muda a expressão, descontente, como a lembrar-se de alguma coisa.
DCR:
É...O plano nem era mais denunciá-lo, o senhor sabe. Muita coisa
mudou de lá pra cá.
DANIEL:
Espero que agora você entenda que não dá pra contar com a sorte,
menos ainda com a Rafaela. Essa garota já mostrou que não é
confiável.
DCR:
Não ta achando que foi ela que me entregou, não né?
DANIEL:
A única coisa que eu acho é que você tem que cuidar da sua vida,
da sua noiva. Eu estou no lugar que eu tenho que estar, filho. Um dia
eu saio, mas um dia eu volto, essa é a realidade de quem pisa numa
clínica dessas. A única forma de evitar é não perder a cabeça.
DCR:
Qualquer pessoa pode perder a cabeça e, não significa que perderam
o juízo. Pai, eu tenho dinheiro, o meu dinheiro é seu também. O
senhor já viu pessoas ricas, influentes, internadas? Não, porque
pessoas ricas não são malucas; São excêntricas.
DANIEL:
Eu sei, mas não quero que você se preocupe comigo agora. Hoje é um
dia muito importante. Vá ficar com a Ari.
Dcr
abaixa a cabeça por instantes, suspira.
DCR:
O senhor teve um daqueles sonhos?
Daniel
pensa um pouco como quem não quer falar.
DANIEL:
Ninguém precisa prever o futuro pra saber que vocês correm perigo.
A única coisa que peço é pra você ficar com a Ari. Vai lá, vai.
DCR:
Me deseje felicidades então?
Daniel
sorri esboçando algum incômodo, e o abraça.
DANIEL:
Tudo que você precisar, meu filho.
Dcr
sorri feliz, sem notar o pesar no rosto do pai.
CORTA
PARA
O
alto da cidade onde há a Curto-Circuito
CORTA
PARA
CENA
8
APTº 215 [EXT. / FIM DA MANHÃ]
Corta
para o seu interior – QUARTO DE ARI E DCR
Dcr
está diante do espelho se arrumando e ajeitando a gravata. Ouvimos a
porta se abrindo e Dcr se assusta; Ari entra um pouco esbaforida.
DCR
(brinca):
Ei! Não te disseram que dá azar ver o noivo se arrumando antes do
casamento?
Ari
não dá ouvidos, joga a bolsa sobre a cama e senta, desolada.
DCR:
(sorri) Ouw, to brincando. (ele se volta pra ela, cerra os olhos)
Acho que aconteceu alguma coisa, né? Não me diga que foi o Marco
que/
ARI:
O Víctor saiu da cadeia (susto em Dcr). Ele não vai me deixar em
paz nunca.
Dcr
se senta de frente para ela, preocupado.
DCR:
Ele te fez alguma coisa? (toca seus ombros) Nossa! Você está
trêmula... Vou ligar pra polícia agora!
ARI:
(impede dele se levantar) Não, Dcr! Não faça isso! Ele me ameaçou,
ele...(vacila quase em desespero) Ele só vai sossegar quando acabar
comigo/
Dcr
segura em seus ombros, firme e ao mesmo tempo afetuoso.
DCR:
Ninguém vai acabar com você, Ari. Contrato seguranças pra ficar 24
horas com você, mas ele não vai conseguir nada contigo.
ARI
(sem esperança):
E vai ser assim até quando? Eu saí da clínica pra continuar presa
aqui fora, é isso?
DCR:
Viver é perigoso, Ari. Mas você não ta sozinha. E se não for ele
também, será outro, e você sabe bem quem, não sabe?
Ari
se inquieta, desvia os olhos. Dcr toca seu rosto e a faz encará-lo.
DCR:
Quem fez de você uma assassina, Ari? Quem tem culpa nisso tudo? É o
Cipriano, não é?
Ari
ri nervosa, medo de ele descobrir.
ARI:
De novo o Cipriano? (sarcástica) Acho que você não devia
desconfiar de quem foi seu cúmplice, né.
DCR:
Você ta querendo inverter as coisas. Eu to querendo saber se ele
teve culpa/
ARI
(corta):
Quem jogou o pai do Víctor na pista? Quem matou meu pai?
DCR:
Mas não foi intencional/
ARI:
E isso lá faz diferença? Fui eu que matei, eu matei meu pai!
DCR:
Você não matou seu pai! Chega! (Ari emudece, assustada) Não
aguento mais te ver repetindo isso. Ele foi levado vivo pro hospital
e sua mãe o matou, pronto falei!
Choque
em Ari que se levanta imediatamente.
ARI:
O quê? Que absurdo! Olha, se isso é um tipo de consolo saiba que
não to gostando, viu.
Dcr
se levanta, segura em suas mãos.
DCR:
Não dá pra consolar alguém dizendo que sua mãe era uma assassina.
Não to aqui para passar a mão na cabeça de ninguém e afirmar uma
coisa que não existe. Eu não faria isso contigo.
ARI:
Isso é sério então? (vacila em choque) Como você pode afirmar
isso? (Dcr desvia o olhar) A Raíza, claro, foi ela, né?
DCR:
Ela só quis evitar que você batesse de frente com a sua mãe se
soubesse a verdade. Você sabe o que ela faria pra você ficar
quieta, não sabe?
Ari
se mostra inconformada, abaixa a cabeça, triste.
ARI:
Me manteria internada pro resto da vida. (p) Não dá pra
acreditar... Paguei por um crime que ela cometeu.
DCR:
Ela quis te livrar da obsessão do seu pai. Ok, ela não era santa,
não ia se entregar para a polícia, mas também não queria te ver
na prisão.
ARI:
Grande! Me deixou em liberdade condicional, né.
DCR:
Olha, eu também nunca entendi por que ela insistia em te manter
internada mesmo não tendo a menor chance dela ser presa, ou até
mesmo você. Não sei por que ela achou que na clínica você estaria
mais segura.
ARI:
É que estando na clínica as pessoas iam se lembrar de não me dar
ouvidos.
Ela
se cala esboçando raiva.
DCR:
Eu te dou ouvidos. Você sabe que quando quiser me contar sobre o seu
passado e o seu mentor, eu estarei aqui, e vou acreditar em você.
Ari
se emociona e o abraça forte. Há um breve silêncio entre eles.
ARI:
Obrigada (pausa / ela lacrimeja), obrigada por isso.
Dcr
sorri aliviado, com o rosto sobre seu ombro.
CORTA
PARA
CENA
9
FACHADA - ED. CIRANDA DE PEDRA [TARDE]
Corta
para o interior do APTº 403 – SALA
Raíza
acaba de abrir a porta. Ari de cabelos amarrados, com sua bolsa
marrom, e Dcr, este segurando uma mala, entram sorridentes.
ARI:
Oi, Raíza (as duas se abraçam). Eu trouxe tudo, espero não ter
esquecido nada.
DCR:
Bom, mas se quiser eu posso conferir se o vestido ta aqui/
Ari
lhe toma a mala.
ARI:
Vai conferir nada, fica quieto aí.
Eles
riem.
Raíza
fecha a porta.
Josué
já está na sala com as mãos na cintura observando a cena com cara
de quem não está gostando.
DCR:
(força a simpatia) Oi, seu Josué, como vai?
JOSUÉ:
(balança a cabeça fazendo que sim) Bem...
O
clima é tenso. Ari vai abrindo a porta.
ARI:
Cê já pode ir, né Dcr? A gente se encontra na igreja.
DCR:
(brinca) Você ta me mandando embora, é isso mesmo?
Ari
o leva quase que à força para fora do apartamento enquanto ri.
ARI:
Se eu não tomo atitude você se enfia lá no quarto pra me ver de
vestido.
RAÍZA:
Eu o levo até o portão para ter certeza que ele vai embora, deixa
comigo.
ARI:
Ah ta, juízo vocês dois, hen.
Dcr
ainda volta, dá um beijo rápido em Ari.
Ari fecha a porta rindo, quando se volta dá com Josué lhe encarando. Os dois se fitam por instantes seriamente. Josué coça a nuca, disfarça.
Ari fecha a porta rindo, quando se volta dá com Josué lhe encarando. Os dois se fitam por instantes seriamente. Josué coça a nuca, disfarça.
JOSUÉ:
É o Bruno quem vai te levar ao altar, não é? Fazendo o papel dele
meio que... De pai adotivo.
ARI:
(séria / faz que sim) É assim que eu o vejo. Com licença.
Ari
passa por ele que abaixa a cabeça.
JOSUÉ:
Seu segundo pai adotivo, não é? (Ari para) Você é uma garota de
sorte.
ARI:
(se volta) O que o senhor sabe sobre isso?
JOSUÉ:
(sonso) Sobre sorte? Já ganhei na loteria/
ARI:
Eu to falando dele ser meu segundo pai adotivo.
Josué
demora um pouco a responder, faz um suspense básico.
JOSUÉ:
O avô de Raíza não sabia guardar segredo pra mim (Ari se mostra
tensa). Eu gostava muito dele, era uma grande pessoa. (p) Talvez as
coisas tivessem sido diferentes se ele tivesse assumido a
paternidade, não acha?
Ari
nada consegue dizer.
JOSUÉ:
Cipriano sempre foi um problema na sua vida, não é? Por causa dele
você não teve uma vida que você realmente merecia.
ARI:
A vida que to tendo agora é o que importa, por que esse papo agora?
JOSUÉ:
Desculpe, eu não queria ser invasivo. Não tenho nada com a sua
vida, mas é que...Confesso que eu tinha medo pelo Bruno. Acho que
fiz mau juízo de você esse tempo todo.
ARI:
E ainda não faz?
JOSUÉ:
Olha, eu to tentando ficar bem com você, não precisa se armar desse
jeito.
ARI:
(por cima) Tudo bem, eu só não esperava por essa recepção. A
gente nunca conversou de verdade, né? Mas o senhor ainda não disse
por que começou esse papo?
JOSUÉ:
Eu nunca te recebi bem, mas agora você entende que isso nunca foi
motivo pra te faltar com o respeito. Se você mesma não contou sobre
o seu pai, não seria eu a fazer isso.
Josué
se aproxima dela, toca seu cabelo delicadamente sob o olhar fixo de
Ari.
JOSUÉ:
O segredo dos outros, é o segredo dos outros. A gente não se mete.
Fecha
na expressão desconfiada de Ari diante da ameaça velada.
CORTA
PARA
CAM
passeia pelo alto da cidade
CORTA
PARA
CENA
11
FACHADA - MANSÃO DE CAEL [TARDE]
Corta
para o interior do ESCRITÓRIO
Cael,
sentado e de costas para a porta, acaba de desligar o celular. Dcr
surge ao batente da porta, e bate na mesma.
DCR:
Com licença?
Cael
olha para trás.
CAEL:
Entra. Você não devia estar se arrumando para o casamento?
DCR:
É, devia, mas se eu não tiver a sua ajuda, pode ser que nem haja
casamento.
Cael
se preocupa.
Pela fresta da porta, Lara ouve tudo.
Pela fresta da porta, Lara ouve tudo.
CORTA
PARA
CENA
12
MANSÃO DE CAEL – SALA [INT./ TARDE]
Cael
e Dcr saem do escritório com a conversa já terminada.
CAEL:
Não se preocupe. Daqui a pouco vocês estarão casados, e Víctor
Leme na cadeia.
Dcr
assente e o cumprimenta, mais calmo. Dcr vai embora, Cael o observa
sem perceber a aproximação sorrateira de Lara.
LARA:
Você agora deu para resolver os assuntos matrimoniais dos outros?
Cael
se volta, sobressaltado, e dá as costas para o escritório. Lara o
segue.
ESCRITÓRIO
[INT.]
Cael
vai entrando e contorna a mesa.
LARA
(provoca / venenosa):
Não foi ele que passou por cima da sua autoridade? Você ainda se
dispõe a ajudá-lo?
CAEL:
(se sentando) Parece que a senhora anda muito bem informada. Poderia
me poupar de suas perguntas retóricas.
Lara
se aproxima, e apóia as duas mãos no encosto da cadeira.
LARA:
Sempre de coração mole... Cuidando da segurança do casamento do
seu amigo quando não soube assegurar o próprio.
CAEL
(perdendo a paciência):
Não comece com o seu jogo de palavras, ok? Diga logo o que quer.
(ele revira alguns papéis, concentrado).
LARA:
Lembra quando eu disse que você não sabia cuidar do que é seu?
(Cael a olha por baixo) Marco passou a sua frente de novo, e o que
você faz? (Cael fecha a cara) Cuida da vida amorosa dos amigos.
CAEL:
(por cima) Se está se referindo a proposta descabida de casamento
dele, o que depender de mim ficará apenas na proposta.
LARA:
(sarcástica) Acho digno o seu espírito de luta, mas penso que será
mais difícil depois que sua ex-namorada aceitou o pedido dele.
CAEL:
Como é?
LARA:
Você não soube? Como eu imaginava; Ela estava te vendo apenas como
um bom amigo, um amigo que a gente dispensa as novidades de vez em
quando/
Cael
se levanta, já nervoso.
CAEL:
CHEGA! A sua alegria é fazer intriga, não é? Você vive disso, não
é?
LARA:
Eu só estava comentando/
Cael
contorna a mesa e a pega pelo braço. Ela reclama.
CAEL:
Olha, eu já aturei muito da senhora aqui. (e vai levando-a até a
porta) A sua presença nesta casa só é possível porque foi um
pedido do meu pai.
LARA:
Seu padrasto/
CAEL:
Não interessa!
Lara
se solta dele e estaca a sua frente.
LARA:
Está nervoso, não? Eu disse que você ia acabar perdendo essa moça
para o Marco, não disse? E eu não estou admirada. Um dia isso ia
acontecer mesmo.
CAEL:
Sai daqui! (Lara ainda sorri maliciosa) Sai!
Ela
sai e Cael bate a porta.
Close em sua expressão enraivecida.
Close em sua expressão enraivecida.
CORTA
PARA
CENA
13
APTº 403 – QUARTO DE RAÍZA [INT. / TARDE]
Ari
está maquiada, cabelos amarrados, bem esticados, e vestida de noiva.
Ela se queixa de algo.
Joana
e Raíza, ambas arrumadas também, estão fazendo os ajustes em seu
vestido longo, branco e rendado.
JOANA:
Amiga, você deu uma engordada básica, hen. Encolhe a barriga, vai.
Ari
obedece, feliz.
Ouvimos
a campainha tocar.
Joana
observa Raíza calada, concentrada nos ajustes.
JOANA:
E você, Raíza? Pensando em como largar o Marco no altar?
RAÍZA:
Talvez não seja preciso chegar a tanto. Sua mãe parece que vai dar
um jeito.
JOANA:
Ela falou algo por alto. Foi ela quem te disse?
RAÍZA:
Meu pai. Ele disse algo como “o Marco ter que rebolar muito pra
conseguir se casar comigo”.
Ari
e Joana acham graça.
JOANA:
Esse seu Bruno é uma figura mesmo.
Ouvimos
batidas na porta. Ari olha e vê João entrando.
JOÃO:
Não queria interromper o papo das luluzinhas, mas o Marco taí,
Raíza. Disse que tinha algo pra te entregar.
Raíza
fecha a cara, e sai.
João admira Ari de cima a baixo deixando-a constrangida.
João admira Ari de cima a baixo deixando-a constrangida.
JOÃO
(apaixonado):
Ainda bem que eu não sou o noivo, se não ficaria preocupado. Dizem
que dá azar, né?
Joana
olha para Ari, que sorri sem jeito.
CORTA
PARA
CENA
14
APTº 403 – SALA [INT. / SALA]
Uma
caixinha preta é aberta revelando uma aliança.
Marco olha para Raíza com aquele sorrisinho de canto.
Marco olha para Raíza com aquele sorrisinho de canto.
MARCO:
O que me diz?
RAÍZA:
Você não ta achando que eu vou desfilar com essa aliança por aí,
não né?
Marco
retira a aliança da caixinha cuidadosamente.
MARCO:
(sonso) Há algo de errado com ela? (ameaça) Sua amiga Joana ia
ficar mais radiante. E feliz por você.
RAÍZA:
Eu ainda não conversei com o Cael/
MARCO:
Não se preocupe, ele não será obstáculo.
Ele
pega sua mão direita, ela se esquiva...
RAÍZA
(ríspida):
Já disse que não/
Marco
segura sua mão com força, tenta arrancar o outro anel...
RAÍZA:
Que isso?! Me solta! Me solta!
Ela
para de repente, um flash de luz se abre, e ela tem uma visão.
VISÃO
DE RAÍZA:
COFFEE
BREAK – ESCRITÓRIO [INT. / NOITE]
Ari
está sentada diante de Marco, de pé.
MARCO:
E então? Estou esperando.
ARI:
Isso não vai sair daqui, não né?
Marco
põe as mãos sobre a mesa.
MARCO:
Não gosto de trair pessoas que me foram úteis. (p) Qual o segredo
de Raíza?
Ari
respira fundo, ainda hesitante.
ARI:
Ela...Ela pode ficar invisível.
FIM
DA VISÃO
Marco
acaba de colocar a aliança que trouxe no dedo de Raíza. Esta,
voltando a si, observa o anel e logo olha para algo fora da tela.
Cael
está ao batente da porta, ao lado de Josué, encarando a cena sem
reação aparente. Ele dá as costas e sai.
RAÍZA:
Cael! Cael!
Marco
a segura pelo braço.
MARCO:
Você agora é minha noiva. (provoca) Não me faça ficar com ciúmes,
hen.
RAÍZA:
(se solta) Vai pro inferno!
Marco
sorri malicioso e a vê sair. Em seguida, olha para Josué em
cumplicidade.
CORTA
PARA
CENA
16
ED. CIRANDA DE PEDRA [EXT. /TARDE]
Cael
caminha rápido em direção ao portão, enquanto Raíza vem atrás.
RAÍZA:
Cael! Peraí! Eu ia te contar/
Cael
se volta, indignado.
CAEL:
Quando você pretendia fazer isso? Quando já estivesse casada?
RAÍZA:
Eu não sabia como te contar, Cael. Eu fui pressionada, ou era isso,
ou/
CAEL:
Ou a Joana ia pra cadeia. Essa história eu já conheço. Não é de
hoje que ele vem te pressionando, não é? (ele olha para sua mão e
a pega, acariciando a nova aliança) E finalmente conseguiu.
RAÍZA:
(solta da mão dele) Você fala como se eu tivesse gostando disso,
Cael, e eu não to. Você acha que eu devia deixar a Joana pagar pelo
o que nem fez?
CAEL:
Isso não teria acontecido se não fosse pela sua obsessão pelo João
(A vez de Raíza se indignar). Você sabia a intenção do Marco, ele
já tinha te colocado na cadeia pela morte de Andréa. Ele só estava
esperando você fazer alguma coisa pra te ter nas mãos dele. (pausa
/ olho no olho) E você fez.
RAÍZA:
Não, eu não fiz...Não sei o que deu de errado, mas/
CAEL:
Você percebe que essa sua obsessão em querer amenizar sua culpa no
acidente do João te trouxe onde você está?
RAÍZA
(finge):
Do que cê ta falando?
CAEL:
Que Marco deu um falso testemunho à época. (baque em Raíza) Ele
não ia te ajudar de graça. É claro que ele cobraria algum dia pelo
favor prestado. Mas a verdade é que nem precisou, não é? Tudo que
está acontecendo é obra sua.
RAÍZA:
(revoltada)
A culpa é minha? (Cael desvia o olhar, insatisfeito) Se o Marco ta
obstinado em se casar comigo é pra se vingar de você, pelo menos
foi isso que ele disse. Seu passado te trouxe, nos trouxe onde nós
estamos, sabia disso?
Cael
mescla raiva e tristeza.
CAEL:
Não! Eu não fiz nada, nada de caso pensado/
RAÍZA:
(raiva) E eu fiz, né? Se você quer saber, eu só me arrependo de
não ter pensado nas consequências quando joguei o João daquele
viaduto (choque em Cael). Por que se não, ele teria sido preso pelo
incêndio na tua
boate. Ele e o Marco, os dois juntos!
CAEL:
O quê? Como assim? O que o João tem a ver com isso?
RAÍZA:
Isso não importa mais. O que importa é que você não acredita em
mim, nunca acreditou. Você deve ta certo; Tudo pode ser culpa minha
mesmo. Então é melhor que eu me dane sozinha.
Os
dois se encaram, firmes. Cael ainda faz menção de dizer alguma
coisa, mas Raíza dá as costas, deixando-o sem ação.
CORTA
PARA CAM pelo alto da cidade.
Ouvimos
sirene de polícia se misturando com outros sons.
CORTA
PARA
CENA
17
APTº 403 – QUARTO DE RAÍZA [INT. / TARDE]
Raíza
está sentada na cama diante de Ari, esta de vestido de noiva.
RAÍZA:
E foi assim.
ARI:
Ele terminou com você?
Raíza
se levanta e anda de um lado e de outro, preocupada.
RAÍZA:
Acho que eu que terminei com ele. Ah, também não dá pra ficar com
quem não acredita na gente, né?
Ari
se admira diante do espelho.
ARI:
Pelo menos o Marco não duvida de nada que venha de você...
Raíza
para de andar e a olha através do reflexo do espelho.
RAÍZA:
Cê se acha muito engraçadinha, né? Tá confiando que você passou
a perna nele (Ari se vira, sem entender). Você não tem medo, não?
Ari
se mostra sem graça, ainda fingindo não saber de nada.
ARI:
(sorri nervosa) Ué, como assim?
RAÍZA:
Quando ele colocou essa aliança em mim, vi você com o Marco. Você
entregou um falso segredo meu em troca dele ter poupado a vida do
Dcr, não foi?
Ari
se mostra nervosa, senta na beirada da cama.
ARI:
Raíza, eu...
Raíza
senta de frente para ela.
RAÍZA:
Você tem idéia do que ele seria capaz de fazer se descobrisse?
CAM
se posiciona entre elas e de frente para a porta. João está à
espreita e observa o papo delas pela fresta.
RAÍZA:
Ele pode terminar o serviço. Ele só não matou o Dcr porque você
tava lá, prometeu o meu segredo/
Ari
se levanta, exaltada.
João sai de nossas vistas.
João sai de nossas vistas.
ARI:
Ai para! Já foi, não foi? Além do mais, nem falso segredo é, mas
certeza ele nunca terá.
RAÍZA:
Justamente por isso, por ele não ter certeza que ele poderia dar
cabo até da sua vida. Ele não esperava ouvir esse tipo de segredo.
Ele queria algo mais concreto para poder usar contra mim.
ARI:
Eu cumpri com o acordo, e não to preocupada com isso. A minha
preocupação é com o Víctor. Ele não ta ligando mais para vida
dele. Que dirá da minha.
As
duas se encaram, receosas.
Foco em Ari, já inquieta.
Foco em Ari, já inquieta.
CORTA
PARA
O alto da cidade. Passagem de tempo.
O alto da cidade. Passagem de tempo.
CORTA
PARA
CENA
18
BAR [EXT. / TARDE]
CAM
vai passando pelas pilastras de um barzinho simples, sujo, ambiente
barra pesada. Há uma mesa de sinuca, homens jogando, outros bebendo
e jogando conversa fora.
VÍCTOR:
(O.S) Fala, chefia! (p) Como é que é? (pausa / ele aparece na tela
com o celular) Desgraçada, (ele se volta) era só o que me faltava.
Mas não vai demorar muito pra ela aprender a calar aquela boca.
O
suspense marca. A tela se fecha num baque.
FADE
IN
CAM
passeia pelo alto da cidade
CORTA
PARA
CENA
19
COFFEE BREAK - 3º PISO – CORREDOR [INT. / TARDE]
Marco
acaba de abrir e fechar a porta com uma cara não muito boa. Ele
segue pelo corredor quando é interceptado por uma Valentina toda
produzida num vestido curto verde e de batom vermelho.
VALENTINA:
Marco, já ta de saída pro casamento da Maria Louca?
Marco
lhe dá uma olhada de cima a baixo.
MARCO:
O que você acha?
Ele
tenta sair, mas ela o segura.
VALENTINA:
O que foi? Tá nervosinho, é? Raíza se recusou a ir com você pro
casamento feliz da Maria louca com o 007 fajuto?
MARCO:
(se solta dela com força) Quem trai a minha confiança, não merece
casamento feliz nenhum. E é bom que você se lembre disso também.
Valentina
vai atrás e passa por uma porta entreaberta onde está Rafaela, à
espreita.
CORTA
PARA
CENA
20
COFFEE BREAK – TOILLETE [INT. / TARDE]
Rafaela
atravessa a tela ao celular tentando ser o mais discreta possível.
RAFAELA:
É o que eu to dizendo... Ari traiu a confiança do Marco (p). Não,
não sei o que ela aprontou, mas ele não vai deixar barato. (ela se
vira, olhar extasiado) É a minha chance.
CORTE
RÁPIDO PARA
CENA
21
ED. CIRANDA DE PEDRA [EXT. / FIM DE TARDE]
Bruno
está encostado no carro de braços cruzados.
Ari, de vestido de noiva, cabelos amarrados e bem maquiada, cruza o portão do prédio apressada, segurando a barra do vestido.
Ari, de vestido de noiva, cabelos amarrados e bem maquiada, cruza o portão do prédio apressada, segurando a barra do vestido.
BRUNO:
Você ta linda, Ari! Mas...Cadê a Raíza? Ela não ia/
Ari,
já abrindo a porta.
ARI:
Ela deve ir depois. A gente tem que ir agora.
Bruno
estranha, Ari bate a porta.
=
= Passagem de Tempo = =
CORTA
PARA O INTERIOR DO CARRO DE BRUNO
Ari
está inquieta, ora olha pela janela, ora para Bruno, que dirige
notando sua preocupação.
BRUNO:
Não fica assim não. Seu noivo já pediu ajuda ao Cael e a essas
alturas a polícia já mandou cercar as ruas. Víctor não pode
tentar nada.
Ari
esboça medo e tensão.
ARI:
Bruno, o senhor sabe o quanto eu gosto do senhor, não sabe? (Bruno
faz que sim) Tudo que fez por mim e ta fazendo, é como se fosse um
pai de verdade.
BRUNO:
Sei...Onde quer chegar com isso?
ARI:
Eu não quero causar separação na família, mas se a Raíza não
ficar sabendo disso a tempo, é bom que o senhor já saiba.
Corta
para o exterior. O sinal fecha.
Volta
para o interior do carro.
BRUNO:
Agora você ta me deixando nervoso. O que é?
Ari
se distrai observando os carros a sua volta.
ARI:
Seu Bruno...O Cael falou alguma coisa sobre a polícia estar
disfarçada? Porque eu não to vendo nenhum por aqui.
Os
dois se encaram.
De repente o vidro da janela se estilhaça com o soco de um pedaço de ferro, Ari grita assustada. Um sujeito mascarado aponta a arma para a cabeça de Bruno, enquanto outro retira Ari à força.
De repente o vidro da janela se estilhaça com o soco de um pedaço de ferro, Ari grita assustada. Um sujeito mascarado aponta a arma para a cabeça de Bruno, enquanto outro retira Ari à força.
BRUNO:
Que isso? Quê cês querem com ela? Ari!
SUJEITO:
Tu fica na moita, rapá! Se chamar a polícia a gente mata a
noivinha.
Ari
é arrastada pelo sujeito para dentro de um carro sob os olhares dos
curiosos. O outro sujeito larga Bruno e corre para outro carro.
Os dois aceleram.
Bruno está frustrado.
Os dois aceleram.
Bruno está frustrado.
CORTA
PARA
A
tela de um celular onde mostra um mapa de um GPS. Nele, a luz verde
se movimenta muito rápido, até que começa a diminuir.
CORTA
PARA
CENA
22
ED. EM CONSTRUÇÃO [EXT. / FIM DE TARDE]
Um
carro para. Rapidamente, as portas se abrem e o sujeito retira Ari
segurando firme em seu braço.
ARI:
Ai, cê ta me machucando!
SUJEITO:
Que que é? Tá acostumada a ser tratada feito princesa, é?
ARI:
Víctor?
Víctor
vai empurrando a garota para dentro do edifício, enquanto ela tenta
resistir. Assim que eles passam, CAM sobe mostrando uma placa onde
consta o nome HDM Construtora, o mesmo prédio mostrado na 1ª
temporada.
CORTA
PARA
CENA
23
ED. EM CONSTRUÇÃO [INT. / FIM DE TARDE]
O
corte é feito direto em Ari sendo jogada ao chão já despenteada.
Há muita poeira, materiais de construção, madeiras cobrindo vãos,
forros e escadas mal acabadas.
VÍCTOR:
(já sem o capuz / raiva) Tá sentindo a pressão, ta? (Ari lhe
encara assustada / Víctor está desorientado) Cadê seus poderes?
Não era você que sumia feito bruxa?
ARI:
(se levanta / tensa) Cê me trouxe aqui pra me matar, é isso?
VÍCTOR:
Por quê? (abre os braços) Não gostou do ambiente? Tá sentindo
falta da platéia? (dá uma olhada ao redor em tom de sarcasmo).
CAM,
abaixo de outra escada, se esconde como sendo alguém.
VÍCTOR
(cont. / Som abafado):
[...] Das testemunhas que vão sentir pena de você?
Enquanto
ouvimos Víctor de forma abafada, CAM caminha sorrateiramente, e, em
um dado instante, vemos a mão com luva preta apoiar-se no corrimão
da escada.
VÍCTOR
(cont. / Som abafado):
Você me fez dar cabo do meu pai, e fica circulando por aí com esse
sorriso na cara como se tivesse com a consciência tranqüila. Você
ta com a consciência tranqüila, ta?
VOLTA
À CENA
ARI:
Víctor...
VÍCTOR:
(grita, visivelmente perturbado) Eu não to com a consciência
tranqüila, ta bom pra você? (pânico em Ari) Todo santo dia eu
tenho pesadelos com aquele dia, todo dia eu penso que se eu não
tivesse a 100 por hora daria tempo de frear. Você pensa naquele dia,
pensa? Não pensa.
ARI:
(descontrola) Para! Para! Eu matei o seu pai, ta bom? Eu, só eu!
Você não teve culpa de nada! Você só tava na hora e no lugar
errado. (Víctor está balançado com a sua reação) Eu sou a
assassina, eu mereço o teu ódio, ta ouvindo? Eu mereço o teu ódio/
Víctor
a segura pelos ombros, irritado, e a sacode.
VÍCTOR:
Cala essa boca! Não era pra você dar uma de Maria Madalena
arrependida, era pra você lutar contra mim, me xingar, dizer que
faria tudo outra vez, ouviu bem?
ARI:
E pra que cê quer que eu faça isso? Será mais fácil me matar, é?
(Víctor paralisa, mas mantém a expressão de ódio) Não é isso
que você quer. Você não é tão ruim assim, Víctor.
Víctor
a solta, põe a mão por dentro da jaqueta, saca uma arma e, tremendo
a mão, aponta para a cabeça de Ari.
Ari se amedronta.
Ari se amedronta.
VÍCTOR:
Não cheguei até aqui pra desistir.
A
arma é engatilhada, suspense.
CAM
se posiciona por trás de Víctor, a uma certa distância. CAM começa
a tremer como alguém a caminhar rápido. Víctor, desconfiado, faz
que vai olhar para trás – grande tensão - mas não tem muito
tempo; Ele recebe um soco de um pedaço de madeira e some da tela.
Ari cobre a boca horrorizada olhando para o agressor.
Ari cobre a boca horrorizada olhando para o agressor.
Víctor
está desacordado no chão com o rosto sangrando.
Ari encara o agressor, temerosa.
ARI: Como me achou aqui?
Ari encara o agressor, temerosa.
ARI: Como me achou aqui?
Em
Ari, aflita.
CORTA
PARA
CENA
24
IGREJA [INT. / FIM DE TARDE]
A
igreja está toda decorada, há poucos convidados.
Dcr está no altar, ajeitando a gravata de nervoso. Joana observa, igualmente tensa.
Dcr está no altar, ajeitando a gravata de nervoso. Joana observa, igualmente tensa.
DCR:
Eu sei que é clichê a noiva se atrasar, mas você não acha melhor
ligar pra Raíza ou pro seu Bruno?
JOÃO
(O.S):
Eu já tentei, (João Batista aparece ao lado de Dcr com aquele
sorrisinho besta) mas já pensou se a Ari desistiu?
DCR:
(insatisfeito) Você parece meio cansado, João. Aproveite que você
já está sentado e vai esperar pela cerimônia no banco da praça.
JOÃO:
Eu fui convidado, de certa forma. Invasão não é um dos meus
hobbys.
João
sai, sorrindo.
DCR:
(para Joana) Eu já to nervoso e ainda tenho que ouvir gracinha, é
isso mesmo produção?
JOANA:
Olha, o Cael ta vindo alí.
Cael
atravessa o corredor esboçando preocupação.
JOANA:
E aí, Cael? Ari já está chegando?
CAEL:
Acabei de ligar para a polícia. Alguém mandou cancelar a nossa
ação, Danilo. (tensão em Dcr e Joana / Cael vacila) E... E o Bruno
ligou pedindo reforço.
Medo
em Dcr.
CORTA
PARA
=
= Music On – Suspense = =
As
cenas 25 a 31 se alternam
CENA
25
ED. EM CONSTRUÇÃO [INT. / FIM DE TARDE]
Ari
é prensada contra a parede deixando-a assustada.
ARI:
Por que ta fazendo isso? Pelo amor de Deus!
CENA
26 CARRO
DE BRUNO [INT. / FIM DE TARDE]
Ouvimos
sirenes de polícia. Bruno dirige seu carro o mais rápido possível,
ao lado de Raíza.
Corta para o seu EXTERIOR onde carros de polícia seguem na frente.
Corta para o seu EXTERIOR onde carros de polícia seguem na frente.
CENA
27
ED. EM CONSTRUÇÃO [INT.]
As
mãos do agressor tentam rasgar o vestido de Ari, mas ela se defende,
lhe dá uma joelhada na barriga e corre. O agressor a alcança, os
dois travam uma luta. Em Ari, desesperada.
CENA
28
RUAS DA CIDADE
Carros
de polícia passam batido. O carro de Bruno segue no mesmo ritmo.
CENA
29
ED. EM CONSTRUÇÃO [INT.]
Ari
é jogada no chão, tenta se levantar, mas o agressor a segura pelos
cabelos, fazendo-a gritar.
CENA
30
RUAS DA CIDADE [FIM DE TARDE]
Os
carros de polícia entram numa ruela em alta velocidade.
CENA
31
ED. EM CONSTRUÇÃO [INT.]
O
agressor segura o braço de Ari com força fazendo-a gemer de dor. De
repente, ele volta com o braço acertando-lhe um soco na cara. Ari
grita, bate de contra o forro verde de improviso/
Corta
para o EXTERIOR DE FRENTE PARA A TRÁGICA CENA
[Câmera
Lenta em Ari sendo jogada para fora do prédio]
[Fim da Câmera Lenta]
[Fim da Câmera Lenta]
Corta
para o CARRO DE BRUNO [INT.]
Bruno
dirige atento ao lado de Raíza.
BRUNO:
A gente vai encontrá-la, cê vai vê, a gente vai/
Um
objeto bate no vidro, Bruno se assusta, e em seguida, Ari despenca
sobre o carro. Pânico.
[EXT.]
Bruno
freia bruscamente, dá uma guinada e o corpo de Ari rola para o chão.
O carro para.
Bruno
e Raíza saem do carro e ficam estarrecidos diante da cena: Ari,
estatelada no asfalto, toda machucada, suja e amarrotada.
Bruno se aproxima cobrindo a boca de tão horrorizado; Raíza está em choque, olha para cima e apenas vê o forro verde desprendido.
Bruno se aproxima cobrindo a boca de tão horrorizado; Raíza está em choque, olha para cima e apenas vê o forro verde desprendido.
=
= Music Off = =
CORTE
BRUSCO PARA
CENA
32
FACHADA – HOSPITAL [NOITE]
Corta
para o interior da SALA DE ESPERA
Dcr
atravessa o corredor desesperado, enquanto sua mãe, Diva tenta
controlá-lo.
Raíza
está encostada no balcão, séria e consternada tentando evitar o
consolo barato de Marco. Cael chega logo depois e encara a cena, á
contragosto. Josué também está presente.
DCR:
Como é que ela ta? (Raíza se assusta) Não mente pra mim, Raíza.
Quando é que eu posso vê-la?
BRUNO:
(tenta disfarçar) O Víctor foi preso. Ele alega que /
DCR:
(segura nos ombros de Bruno / corta estupidamente) Eu não quero
saber desse bandido agora, eu to perguntando como é que ta a Ari?
Diz pra mim que a queda não foi muito grande, diz que ela ta bem,
diz!
Bruno
não consegue dizer nada. Dcr, tenso, olha para os outros, Josué
abaixa a cabeça com a mão sobre o queixo, Marco o encara na cara de
pau, e Cael se mostra compadecido.
Diva
tenta abraçar o filho.
DIVA:
Filho, se acalme...
Dcr
se solta dela, nervoso.
DCR:
Tá querendo me consolar, por quê? (Diva esboça piedade) O que a
senhora sabe? Te disseram como ela ta?
Um
médico surge segurando uma prancheta.
DCR:
Doutor, a minha esposa ela...Ela caiu de um prédio. Ela ta bem?
Posso vê-la?
O
médico o olha de maneira fria.
MÉDICO:
A paciente Ariadne Rodrigues sofreu múltiplas fraturas. Infelizmente
ela perdeu o bebê que esperava.
Choque
na reação de todos.
DCR:
Ela tava grávida? (olha para Raíza que não reage) Você sabia?
RAÍZA:
(disfarça / para o médico) Mas e ela, doutor? Ela vai ficar bem,
não vai?
MÉDICO:
O estado dela é muito delicado. É melhor vocês se prepararem para
o pior.
Reação
em todos.
CENA
33
UTI – HOSPITAL CENTRAL [INT. / NOITE]
A
máquina registra números baixos de pulsação, enquanto ouvimos o
som dela. Lentamente, CAM nos mostra Ari de olhos fechados, entubada,
com colar cervical e feridas no rosto. Ela abre os olhos, se mostra
absorta. Dcr, de máscara cirúrgica, se curva e toca suas mãos com
os olhos lacrimejando. Ari corresponde.
ARI:
(sorri / fala devagar com dificuldade) ‘D’...Você ta aqui.
DCR:
Eu sempre vo estar aqui, Ari, lembra que eu disse?
ARI:
Eu tava sonhando...Sonhei com o nosso casamento. A igreja tava tão
bonita...
Dcr
sofre calado.
Ari
demonstra cansaço, respira com esforço.
ARI:(vacila,
sofredora)...Ainda bem que você tá aqui. Eu queria muito falar
contigo. (Dcr segura suas mãos carinhosamente) Eu prometi/ (suspira)
Eu prometi a mim mesma que eu ia te contar...
DCR:
Pode falar.
ARI:
O Cipriano e o Marco (p) tentaram acabar com a minha felicidade, mas/
(p) Mas eles não conseguiram, não é? A gente se casou na igreja,
como eu sempre quis.
Dcr
desmonta, notando que Ari alterna momentos de lucidez com loucura.
DCR:
Como (gagueja / tonto com a situação) Como é?
ARI:
Você tem que impedir/ Você tem que impedir que ele tente o mesmo
contra a Raíza. (suspira) Ele só quer tomar os poderes dela e
deixá-la na escuridão.
DCR:
Tomar os poderes dela? Ele pode fazer isso?
ARI:
Ele já tá fazendo...(cansada) Ele não é como nós, ‘D’, não
é. (p) 1765. Era lá que ele devia ter ficado.
Choque
em Dcr que a observa, incrédulo.
DCR:
O que você tá dizendo? Eu não entendo.
Ari
já respira com dificuldade.
ARI:
Acenda a luz. Aqui tá muito escuro.
Em
Dcr, estupefato. Segura o choro.
Dcr
aproxima seu rosto do dela, e Ari encara o nada.
DCR:
Não quero perturbar seu sono.
ARI:
(sorri) Tudo bem. Agora que você tá aqui, eu vou ficar bem. Eu vou
ficar bem...
Ari
dá um suspiro e lentamente fecha os olhos. Logo depois, ouvimos um
som agudo da máquina.
Dcr se desespera.
Dcr se desespera.
DCR:
Ari? Ari, cê tá me ouvindo? (Dcr a sacode) Ari!
Em Dcr, aflito.
Em Dcr, aflito.
CORTE
BRUSCO
CENA
34
RECEPÇÃO – HOSPITAL CENTRAL [INT. / NOITE]
Dcr,
furioso, entra apressado e avança em Marco deixando-o sem ação.
DCR:
Seu desgraçado! Tá satisfeito, ta? Você ta satisfeito, seu
desgraçado?
Marco
se assusta. Ninguém entende nada.
Bruno
tenta tirar Dcr de cima de Marco.
BRUNO:
Danilo, por favor, o que houve?
DCR
(continua para Marco):
Ela tá morta! Ela tá morta, você ouviu isso?
Bruno
puxa Dcr e este o abraça, debulhando em lágrimas, desesperado.
DCR:
Ela tá morta. Morta.
Todos
ficam chocados.
Josué esboça lamento; Marco observa Raíza visivelmente abalada, consolada por Diva e Joana. Cael, penalizado, olha para Raíza, mas não faz nada.
Josué esboça lamento; Marco observa Raíza visivelmente abalada, consolada por Diva e Joana. Cael, penalizado, olha para Raíza, mas não faz nada.
FUSÃO
PARA
Ouvimos
um sino badalar.
CENA
35
CEMITÉRIO [INT. / MANHÃ DO DIA SEGUINTE]
=
= Tocando:
Evanescence - My Immortal Instrumental = =
[Efeito
Câmera Lenta]
Um
caixão é carregado por Cael, Bruno, Josué e um desconhecido ao
redor de um grupo de pessoas.
Dcr
vem abraçado entre Diva e Helena quase que desfalecendo de tão
abalado. Joana, cabisbaixa, empurra a cadeira de João Batista que
mantém a expressão paralisada.
Josué também caminha cabisbaixo assim como Marco, este esboçando-se sério, sem resquício de seu habitual deboche.
Josué também caminha cabisbaixo assim como Marco, este esboçando-se sério, sem resquício de seu habitual deboche.
FUSÃO
PARA
O
grupo de pessoas ao redor do túmulo e dois homens que o fecham. Dcr
é abraçado por Bruno, enquanto desaba em lágrimas. Uma coroa de
flores com a inscrição “Saudades Eternas” é colocada sobre o
túmulo.
Em seguida, Raíza, de preto e óculos escuros, se aproxima com uma expressão fria.
Em seguida, Raíza, de preto e óculos escuros, se aproxima com uma expressão fria.
Bruno
se afasta, e Raíza e Dcr se encaram, para logo depois Dcr a abraçar
forte, em silêncio.
Cael
olha para a cena, penalizado.
João Batista esconde seu sofrimento encarando Raíza, com raiva e ressentimento.
João Batista esconde seu sofrimento encarando Raíza, com raiva e ressentimento.
Dcr
e Raíza continuam abraçados.
CAM
vai se afastando e, num ÂNGULO ALTO, as pessoas começam a se
dispersar.
[Fim
do Efeito]
FUSÃO
PARA
CENA
36
CURTO-CIRCUITO [INT. / MANHÃ]
O
local ainda está arrumado para uma festa de casamento.
Dcr caminha, ainda de terno, desarrumado, com cara de quem nem dormiu, e para ao ver a faixa com a inscrição “Felicidades para os recém casados”.
Olha para baixo e segura em um controle remoto. Hesita, mas aperta um botão na direção de uma tela.
Pelo seu PONTO DE VISTA, a tela exibe momentos entre ele e Ari, os dois na praia, fazendo caretas para a câmera, se divertindo no escritório da boate e dançando. Logo em seguida, a cena do casamento de Ari e Dcr na mansão de Cael. Termina no momento em que Ari envolve Dcr em seus braços e o inclina.
Dcr caminha, ainda de terno, desarrumado, com cara de quem nem dormiu, e para ao ver a faixa com a inscrição “Felicidades para os recém casados”.
Olha para baixo e segura em um controle remoto. Hesita, mas aperta um botão na direção de uma tela.
Pelo seu PONTO DE VISTA, a tela exibe momentos entre ele e Ari, os dois na praia, fazendo caretas para a câmera, se divertindo no escritório da boate e dançando. Logo em seguida, a cena do casamento de Ari e Dcr na mansão de Cael. Termina no momento em que Ari envolve Dcr em seus braços e o inclina.
O
vídeo é paralisado.
FADE
OUT
A
música termina nos créditos
=
= FIM DO EPISÓDIO = =
SÉRIE
ESCRITA POR:
Cristina Ravela
ESTRELANDO:
Maria Flor - Raíza
Michael Rosenbaum - Cael
Pierre Kiwitt - Marco
Caio Blat - João Batista
Nathália Dill - Ari
Aaron Ashmore - Dcr
Fernanda Vasconcellos - Rafaela
Alinne Moraes - Valentina
Caco Ciocler - Josué
Juan Alba - Bruno
Thiago Rodrigues - Cipriano
Cristina Ravela
ESTRELANDO:
Maria Flor - Raíza
Michael Rosenbaum - Cael
Pierre Kiwitt - Marco
Caio Blat - João Batista
Nathália Dill - Ari
Aaron Ashmore - Dcr
Fernanda Vasconcellos - Rafaela
Alinne Moraes - Valentina
Caco Ciocler - Josué
Juan Alba - Bruno
Thiago Rodrigues - Cipriano
PARTICIPAÇÕES:
Milena Toscano - Bárbara
Monique Alfradique - Joana
Thaís de Campos - Helena
Júlia Lemmertz - Diva
Alexandre Barilari - Víctor Leme
Jane Saymour - Lara
Vera Zimmerman - Ângela
Milena Toscano - Bárbara
Monique Alfradique - Joana
Thaís de Campos - Helena
Júlia Lemmertz - Diva
Alexandre Barilari - Víctor Leme
Jane Saymour - Lara
Vera Zimmerman - Ângela
TRILHA
SONORA:
My Immortal Instrumental - Evanescence
My Immortal Instrumental - Evanescence
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